O Peru declarou o embaixador do México em Lima como persona non grata e ordenou na terça-feira 20 que ele deixe o país em 72 horas. A relação entre os dois países ficou fragilizada depois que o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, declarou, mais de uma vez, que não reconhece o novo governo, de Dina Boularte, e que a destituição do ex-presidente Pedro Castillo foi antidemocrática.
A ministra das Relações Exteriores do Peru, Ana Cecilia Gervasi, publicou no Twitter, um comunicado sobre a expulsão do embaixador Pablo Monroy Conesa, afirmando que a decisão foi motivada pelas “repedidas manifestações das mais altas autoridades daquele país sobre a situação política do Peru”.
Essas manifestações, disse, “constituem uma ingerência em assuntos internos do país e, portanto, violam o princípio da não intervenção”, declarou, acrescentando estar agindo com base na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
A decisão do governo peruano foi tomada horas depois que o México anunciou ter concedido asilo à família de Castillo, que segue detido desde 7 de dezembro, quando tentou dar um golpe e acabou destituído e preso. Ele poderá ficar preso preventivamente por 18 meses, até a conclusão das investigações da tentativa de golpe.
Depois da decisão peruana de expulsar o embaixador, o ministro das Relações Exteriores do México criticou, também por meio do Twitter, classificou a medida como uma “injustificada e reprovável”. “A conduta de nosso embaixador foi vinculada à lei e ao princípio de não intervenção, o México não mudará sua posição.”
Na manhã desta quarta-feira, 21, informou, pelo Twitter, que a família de Castillo — mulher e dois filhos — já está na Cidade do México. “Nosso país honrou sua tradição de asilo.”
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