Os tribunais de Teerã condenaram 400 pessoas a penas de prisão de até dez anos por participação nos protestos que vêm sendo realizados no país desde meados de setembro, quando a jovem Mahsa Amini, 22 anos, foi morta dentro de uma prisão. Ela foi presa em 13 de setembro por não usar o véu islâmico hijab de maneira adequada; três dias depois, morreu na prisão.
O número de condenados foi divulgado nesta terça-feira pelo governo iraniano por meio da agência oficial Irna. Até agora, ao menos 11 foram condenados à morte por enforcamento e dois homens já foram executados. Chama a atenção o tempo recorde entre a prisão e a execução da pena.
“Durante as audiências sobre os manifestantes na Província de Teerã, 160 pessoas foram condenadas a penas que variam de cinco a dez anos de prisão; 80 pessoas, a penas de dois a cinco anos; e 160 pessoas, a penas de até dois anos”, disse o chefe da Justiça em Teerã, Ali Alghasi-Mehr, citado pela Mizan Online, agência de notícias do Poder Judiciário.
Outras pessoas foram condenadas a pagar multas cujos valores não foram divulgados. Esses números se referem apenas a Teerã, e os números relativos a outras Províncias não foram divulgados.
Desde o início do movimento, mais de 15 mil pessoas foram presas em todo o país. A Organização das Nações Unidas (ONU) informa que mais de 400 pessoas morreram nos protestos.
A forte repressão policial tem provocado duras condenações internacionais e sanções dos países ocidentais. A União Europeia aprovou nesta terça-feira uma terceira rodada de sanções contra o Irã por reprimir manifestantes e por enviar armas para a Rússia. A UE incluiu 20 pessoas em sua lista de sanções, entre eles jornalistas e generais da Guarda Revolucionária e da Rádio e Televisão da República Islâmica do Irã.
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