O Congresso do Peru destituiu o presidente Pedro Castillo (foto) em votação de processo de impeachment na tarde desta quarta-feira (7).
A moção de destituição foi aprovada com 73 votos a favor, 32 contra e 6 abstenções.
Horas antes da votação se concluir, Castillo tentou aplicar um golpe de Estado, com fechamento temporário do Congresso, anúncio de “governo de exceção” e a convocação de novas eleições parlamentares.
Com a decisão do Congresso, a vice-presidente, Dina Boluarte, deve assumir o cargo. “Esta decisão configura um golpe de Estado e se afasta de todos os marcos constitucionais”, declarou a legisladora esquerdista Ruth Luque, cujo grupo vinha apoiando a permanência de Castillo no poder.
Um parlamentar acrescentou que a decisão do presidente “é claramente um golpe ao estilo de 1992”, referindo-se ao “autogolpe” perpetrado pelo então presidente Alberto Fujimori (1990-2000), que também dissolveu o Congresso.
“Claro que é um golpe de Estado, Castillo foi tremendo, sabia que ia ser destituído e estava na frente. Espero que as Forças Armadas se manifestem contra o golpe de Estado, ele não pode fechar o Congresso”, enfatizou o deputado de direita José Cueto, do ultraconservador Partido da Renovação Popular e ex-comandante das Forças Armadas, afirmou que “claro que é um golpe” e que as Forças Armadas “apoiam o Congresso”. Os legisladores enfatizaram ainda que o clima segue tranquilo no país e que não há qualquer movimentação das Forças Armadas, razão pela qual consideraram que o governante em breve “será mandado para a prisão”.
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