O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que vai promover eleições limpas em seu país apenas se nações como os Estados Unidos retirarem as sanções impostas à ditadura instalada em Caracas.
“Vocês querem eleições livres? Justas e transparentes? Queremos eleições livres de sanções e de medidas coercitivas unilaterais. Que tirem todas, que levem todas, para que tenhamos eleições frescas e belas”, afirmou, em encontro com correspondentes estrangeiros no Palácio de Miraflores, em Caracas.
O calendário oficial da Venezuela estabelece uma disputa presidencial para 2024, mas a ditadura ainda não definiu uma data. Em virtude da reorganização da oposição, que decidiu realizar primárias para ter um nome único na disputa, líderes do regime ameaçaram antecipar o processo.
Maduro acaba de retomar o diálogo com a oposição, um ano depois de suspender as conversas. Os opositores reivindicam que o regime ofereça garantias de um processo livre e justo, com supervisão independente da comunidade internacional.
Na quarta-feira 30, o ditador comentou o anúncio recente dos EUA que permitiu que a Chevron importe petróleo e derivados produzidos em território venezuelano. A medida será liberada apenas se o gigante estatal PDVSA, da Venezuela, não for beneficiado financeiramente.
“A ideia de tirar a Venezuela do circuito econômico mundial foi uma má ideia, uma ideia extremista do Donald Trump”, disse Maduro. “E eles estão pagando por isso, porque a Venezuela faz parte da equação energética global. Doa a quem doer, temos de estar lá. Somos uma grande potência do petróleo e vamos ser uma potência do gás.”
O chavista afirmou que seu país foi alvo de 763 sanções, com ao menos US$ 24 bilhões congelados em contas externas. Ele disse esperar que a liberação de recursos para o acordo com a oposição seja imediata. “Esperamos que o cumprimento do pacto não seja atrasado por qualquer motivo”, salientou.
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