O Congresso do Peru aprovou, na quinta-feira 1º, uma moção para iniciar o processo de impeachment contra o presidente Pedro Castillo. O movimento, promovido por legisladores da oposição, marca a terceira tentativa formal de derrubar o líder de esquerda, desde que assumiu o cargo, em 2021.
“A moção foi admitida para debate”, anunciou o chefe do Congresso, José Williams, depois de a iniciativa ter sido aprovada, por 73 votos a favor, 32 contra e 6 abstenções. Participaram da sessão 109 dos 130 legisladores. Eram necessários 52 votos para que a moção fosse admitida para debate, de acordo com o regulamento do Congresso do Peru.
Williams sugeriu definir o futuro de Castillo em 7 de dezembro. “Queremos recuperar a democracia com a vacância”, disse o parlamentar Edward Málaga, responsável por impulsionar a proposta, durante seu discurso no plenário do Congresso. “É o primeiro passo para uma eleição antecipada e há um espírito de controle político.”
Na semana passada, após mais uma queda de braço entre Executivo e Legislativo, o primeiro-ministro do Peru, Anibal Torres, renunciou ao cargo. Foi o quarto nome a abandonar o governo de esquerda, que está no poder desde julho de 2021.
Mais cedo, na quinta-feira, a missão de alto nível da Organização dos Estados Americanos recomendou uma “trégua política” entre o Executivo e o Legislativo do Peru, ao entregar seu relatório preliminar sobre sua visita ao país no fim de novembro.
Castillo, no cargo desde julho de 2021 para um mandato de cinco anos, já enfrentou duas tentativas de impeachment no Congresso e responde a seis investigações fiscais por suposta corrupção envolvendo sua família e seu grupo político. No começo de novembro, milhares de pessoas protestaram nas ruas de Lima, pedindo sua renúncia.
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