Nicolás Maduro e a oposição retomaram diálogos e vão retornar as negociações sobre a crise na Venezuela nesta sexta-feira, 25, após 15 meses de interrupções que oxigenar o chavismo. Contudo, a agenda se mantém sem alterações, a oposição mantêm o desejo de pedir um cronograma para eleições presidenciais “livres”, previstas para 2024, enquanto o governante exige a suspensão das sanções que os Estados Unidos impuseram à outrora potência petroleira. A retomada do diálogo foi anunciada na quarta-feira, 23, pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, e deve se estender até sábado, 26. De acordo com fontes ligadas às negociações, a Cidade do México será, mais uma vez, a sede das discussões, como aconteceu em agosto de 2021. Ainda de acordo com a mesma fonte, as delegações chegarão à capital mexicana na sexta-feira e terão uma “sessão de trabalho à tarde”.
Já no sábado, planejam assinar um primeiro acordo sobre aspectos sociais, mas ainda não há consenso sobre questões-chave, como as próximas eleições e suas condições de realização. Os representantes de Maduro e da oposição, Jorge Rodríguez e Gerardo Blyde, respectivamente, ainda não se pronunciaram sobre a retomada dos contatos no México. Ontem no Twitter, porém, a assessoria do líder da oposição Juan Guaidó pediu que se espere a confirmação da reunião por fontes oficiais e que não se especule sobre o reinício do diálogo. Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, manifestou sua disposição de apoiar os contatos entre ambas as partes. Desde que assumiu o poder, em 7 de agosto, os dois países retomaram as relações diplomáticas, rompidas desde 2019, devido às divergências entre o então presidente da Colômbia, Iván Duque (2018-2022), e Maduro.
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