O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tirou do ar 46 emissoras de rádio em sete Estados do país. A denúncia foi feita pelo Colégio Nacional de Jornalistas (CNP), uma associação local, no sábado 15, e publicada pela agência EFE.
A secretária-geral do CNP, Delvalle Canelón, explicou que a censura à imprensa se acentuou em julho deste ano. Desde aquele mês, a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), órgão regulador da Venezuela, vem determinando que emissoras saiam do ar. “A Conatel ainda apreende os equipamentos de transmissão dessas plataformas, o que é um roubo”, disse Delvalle.
“Estamos preocupados, porque isso representa um novo ataque do governo à sua chamada ‘hegemonia da comunicação’, que está cada vez mais se aproximando dos poucos meios de comunicação restantes”, disse a secretária.
Conforme Delvalle, o órgão regulador negou às estações de rádio licença para operar, apesar de terem apresentado a documentação necessária para esse fim em várias ocasiões. A secretária acrescentou que, nos últimos meses, a Conatel ordenou também a retirada do ar de programas de informação radiofônica que transmitem comentários ou fazem queixas à ditadura de Nicolás Maduro.
A Venezuela não é o único país onde a ditadura de extrema esquerda que o governa censurou a imprensa. Na Nicarágua, Daniel Ortega cortou o sinal da CNN local, em virtude de críticas da emissora ao regime totalitário.
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