O presidente Alberto Fernández declarou feriado nacional nesta sexta-feira, 2, após a tentativa de assassinato de sua vice Cristina Kirchner. “Decidi declarar feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se com nossa vice-presidente”, declarou o chefe de Estado da Argentina em pronunciamento oficial. Fernández definiu o atentado como “o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia”: “Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada… Este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos”. O presidente também afirmou que o atentado ocorreu pela crescente de discursos de ódio nos espaços políticos, midiáticos e judiciais. “Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada”, ressaltou Fernández.
O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, que reside na Argentina, foi preso nesta quinta-feira, 1º, depois de apontar uma arma para o rosto da vice-presidente do país, Cristina Kirchner quando ela dava autógrafos a apoiadores em frente à sua casa, na Recoleta. Após a arma falhar, os seguranças da vice-presidente conseguiram deter o agressor com a ajuda dos militantes presentes. Segundo o ministro da Segurança argentino, Aníbal Fernández, Fernando tem antecedentes criminais e, em março de 2021, foi processado por contravenção e porte de arma não convencional no bairro La Paternal, onde mora. Ele usava uma faca e disse ser para sua proteção pessoal.
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