O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) informou nesta quinta-feira, 14, que a inflação anual na Argentina alcançou quase 65%. Trata-se do pior patamar desde 1992, durante o governo do então presidente Carlos Menem.
No primeiro semestre deste ano, a inflação ficou em 37%. Os dados confirmam projeções do Banco Central do país que, há alguns meses, previra a inflação no atual patamar. A agência de notícias Bloomberg avalia que os preços devem chegar a aproximadamente 90% no fim do ano.
Ainda conforme o Indec, a inflação de junho em relação a maio cresceu pouco mais de 5%, mantendo o ritmo de alta do mês anterior, que também subiu 5%.
Inflação na Argentina afeta vários setores
Os setores que registraram maiores aumentos de preços no período foi o de saúde, com alta de quase 7,5% em junho, e os custos de vida que incluem conta de água e gastos com energia e combustível, que tiveram alta de quase 7%.
Os números foram os mais recentes da gestão do ex-ministro da Economia do país Martín Guzmán, que deixou o cargo para dar lugar à militante peronista Silvina Batakis. Depois de pressão da vice-presidente Cristina Kirchner, Silvina assumiu a cadeira. A escolha desagradou o presidente Alberto Fernández.
Os setores de energia e combustíveis foram especialmente afetados nos últimos meses na Argentina, que, diante do aumento dos custos mundiais, sofreu com alta nas contas de luz e escassez de diesel.
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