O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quarta-feira, 6, que não vai renunciar ao cargo mesmo diante da crise no Reino Unido e após mais das metades dos ministros deixarem o cargo e outros 24 funcionários do alto escalão debandaram do governo. “O trabalho de um primeiro-ministro em circunstâncias difíceis, quando você recebeu um mandato colossal, é continuar e é isto que vou fazer”, disse Johnson durante a sessão semanal de perguntas na Câmara dos Comuns. As demissões começaram a acontecer depois que o premiê nomeou o ex-secretário Christopher Pincher, acusado de assédio sexual, para um cargo importante. Em menos de 24 horas, foram 38 demissões.
O governo de Johnson está cada vez mais cercado pelos escândalos que o acompanha desde o “partygate”, as festas em Downing Street durante as restrições sanitárias da pandemia de Covid-19, ao financiamento irregular da reforma da residência oficial. O primeiro-ministro sobreviveu no início de junho a um voto de desconfiança, uma iniciativa de rebeldes do partido para tentar afastá-lo do poder. Apoiado por 211 dos 359 deputados conservadores, Johnson conseguiu permanecer no cargo, mas os 148 votos contra ele deixaram evidente o descontentamento interno. As regras do partido estabelecem que este procedimento não pode ser repetido durante 12 meses, mas muitos conservadores querem uma mudança para voltar a tentar a manobra contra Johnson.
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