Ao menos 76 menores de idade e cinco adultos de colégios das cidades de Quintero e Puchuncaví, consideradas uma “zona de sacrifício ambiental” do Chile, foram intoxicadas devido aos altos níveis de poluição na região. Segundo as autoridades da região, 6 alunos, um professor e três profissionais da alimentação foram atendidos nesta quarta-feira, 8, por sintomas respiratórios na escola Orione, enquanto outros 40 estudantes e um professor do colégio de Santa Filomena, em Quintero, também sofreram vertigens e dores de cabeça. O pico de contaminação na baía batizada como “Chernobyl do Chile” aconteceu na madrugada da segunda-feira, 6, quando os níveis de dióxido de enxofre quintuplicaram, deixando centenas de intoxicados. Entre os principais sintomas associados a contaminação estão dores de cabeça, nos olhos e na garganta, além de náuseas.
A escalada da poluição obrigou o Ministério Regional da Saúde (Seremi) a ordenar o fechamento de escolas com vista para o Pacífico, onde se concentram 16 grandes indústrias, incluindo a mineradora Corporación Nacional del Cobre (Codelco). Casos de intoxicação e envenenamento têm se repetido nos últimos anos em meio a protestos dos habitantes, que denunciam o relaxamento dos protocolos antipoluição por parte do governo. Nesta quarta-feira, o Puchuncaví, Marco Morales, solicitou um mecanismo para forçar a atividade industrial a parar quando ocorrerem episódios de intoxicação, como os registrados nesta semana. A Codelco anunciou a manutenção da paralisação das atividades em razão dos altovs níveis de contaminação, bem como a implementação de medidas preventivas estabelecidas pela Superintendência do Meio Ambiente, após as autoridades locais decretarem emergência ambiental.
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