Os Estados Unidos e seus aliados pediram que o Conselho de Segurança da ONU se reúna em caráter de urgência nesta segunda-feira (21) depois que a Rússia reconheceu a independência da Ucrânia de dois territórios separatistas, segundo informações das agências de notícias.
Os países solicitantes, que se baseiam em uma carta da Ucrânia à ONU, inclui, entre outros, França, Reino Unido e Albânia, segundo as fontes.
Será a presidência rotativa do Conselho, ocupada atualmente pela Rússia, que deverá agendar a reunião.
Como começou a disputa naquela região?
Rússia e Ucrânia têm relações ruins desde a chegada ao poder em Kiev, em 2014, dos setores pró-Ocidente, após a revolta da praça Maidan, que foi seguida pela anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos e o conflito com os separatistas no leste, na região conhecida como Donbass, onde ficam Donetsk e Luhansk.
A Ucrânia e os ocidentais acusam Moscou de apoiar militarmente os separatistas, algo que a Rússia nega. Moscou chegou a emitir passaportes para centenas de milhares de residentes de Donbass.
Os acordos de paz de Minsk, assinados em fevereiro de 2015, tornaram possível reduzir significativamente os confrontos, mas eles continuam desde então, ainda que em ritmo reduzido. Os acordos preveem a reunificação de ambas as regiões com a Ucrânia, mas com Kiev concedendo ampla autonomia às duas regiões.
"Kiev não está observando os acordos de Minsk. Nossos cidadãos e compatriotas que vivem em Donbass precisam de nossa ajuda e apoio", escreveu Vyacheslav Volodin, presidente da Câmara dos Deputados da Rússia, nas redes sociais, para justificar o pedido de reconhecimento.
Reconhecer Donetsk e Luhansk é um passo significativo que efetivamente encerraria o processo de paz de Minsk, que está no centro das discussões sobre os temores de uma invasão russa do território ucraniano.
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