A governadora de Nova York, Kathy Hochul, emitiu uma declaração de “emergência de desastre”, no momento em que o estado registra uma forte alta nos novos casos e internações relacionadas à Covid-19. A medida permite que o Departamento de Saúde local limite os procedimentos considerados não essenciais e não urgentes em unidades médicas, para que os pacientes diagnosticados com o novo coronavírus recebam tratamento imediato.
“Continuamos a ver sinais de alerta sobre altas [de casos] de Covid no inverno, e embora a nova variante Ômicron ainda não tenha sido detectada no estado de Nova York, ela está chegando. Hoje, eu assinei uma ordem executiva para ajudar o Departamento de Saúde a aumentar a capacidade hospitalar antes de potenciais picos”, escreveu Hochul, no Twitter.
Segundo a governadora, a ação permitirá que o estado compre insumos essenciais para combater a pandemia de forma mais eficiente. Ela ainda fez um apelo para que a população se vacine o quanto antes.
“Se vacine e receba a dose de reforço assim que você puder”, escreveu a governadora.
A ação do governo ocorre no momento em que todas as regiões do estado registram uma forte elevação no número de casos. De acordo com números do Centro de Controle de Doenças (CDC), compilados pelo New York Times, a média móvel dos últimos catorze dias foi, na quinta-feira, de 6.666 casos diários, enquanto a média de internações é de 2.846. Também na quinta-feira, foram registradas 32 mortes, queda de 14% em relação aos números de 14 dias atrás.
Apesar do alerta representado pelo aumento de casos e internações, e pelo potencial risco representado pela variante omicron, a governadora destaca a alta adesão da população local à vacinação. Segundo o CDC, 90,3% dos moradores adultos do estado receberam ao menos uma dose das vacinas disponíveis, sendo que 80,5% já completaram o ciclo vacinal. Entre a população total, 77,5% das pessoas receberam ao menos uma dose, e 68,2% completaram o ciclo.
Hochul também aproveitou para pedir aos pais e responsáveis que vacinem as crianças entre 5 e 11 anos — desde o começo de novembro, o CDC liberou a aplicação de doses da Pfizer para esta faixa etária.
“As crianças entre 5 e 11 anos estão aptas a receber a vacina contra a Covid-19, e a folga de Ação de Graças é o momento perfeito para vacinar suas crianças mais novas”, escreveu.
A decisão do governo de Nova York ocorre no momento em que os EUA voltam a registrar uma alta considerável de infecções por Covid-19: na quinta-feira, a média móvel de casos estava em torno de 91 mil infecções diárias, enquanto a de mortes era de 1.066. Quanto à vacinação, 69,9% dos americanos receberam ao menos uma dose, enquanto 59,5% já completaram o ciclo.
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