O governo britânico disse que adicionará seis países africanos à “lista vermelha” de viagens. Segundo o ministro da saúde, a partir do meio-dia de sexta-feira (26), voos da África do Sul, Namíbia, Lesoto, Botsuana, Suazilândia e Zimbábue serão temporariamente suspensos.
Além disso, viajantes vindos desses países para o Reino Unido deverão cumprir quarentena.
A decisão foi tomada após as cientistas do país demonstrarem preocupação com a nova variante da Covid-19, B.1.1.529. Segundo autoridades, a mutação é a mais “desafiadora” até agora.
As autoridades aconselharam o governo sobre a necessidade de agir com rapidez e prevenção caso as preocupações sobre o impacto da variante sejam confirmadas, embora possa levar semanas para gerar todas as informações necessárias sobre suas características.
A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido disse que nenhum caso da variante foi detectado na Grã-Bretanha.
Israel também baniu as viagens
Nesta quinta-feira (25), Israel anunciou que irá proibir que seus cidadãos viajem para a África do Sul – além de proibir a entrada de viajantes vindos da região.
África do Sul, Lesoto, Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Suazilândia foram adicionados à lista de viagens “vermelha”, ou de maior risco.
Os israelenses voltando para casa desses países serão obrigados a passar de 7 a 14 dias em um hotel de quarentena após a chegada.
A variante B.1.1.529
Segundo cientistas, a variante recém-identificada que se espalhou pela África do Sul é preocupante pois tem o dobro de mutações da variante Delta – incluindo algumas associadas à evasão da resposta imunológica.
A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido disse que a mutação tem uma proteína de pico diferente daquela do coronavírus original em que as vacinas são baseadas. E isso pode evitar a resposta imune gerada tanto pela infecção anterior quanto pela vacinação.
A variante tem uma “constelação muito incomum” de mutações, que são preocupantes porque podem ajudar a evitar a resposta imunológica do corpo e torná-la mais transmissível, disseram os cientistas sul-africanos que detectaram a mutação B.1.1.529.
Casos da cepa foram identificados na África do Sul, Botsuana e Hong Kong.
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