Revelado pelo Santos em 2018 como uma grande promessa do futebol brasileiro, o atacante Diogo Vitor teve sua carreira interrompida por um escândalo de doping e, depois, se viu envolvido em uma trama de lavagem de dinheiro. O jogador foi flagrado no exame antidoping em 2019 por uso de cocaína, o que resultou em uma suspensão de 18 meses e na suspensão de seu contrato com o Santos. Ele passou a depender financeiramente de seu empresário, William Agati.
Após o período de afastamento, Diogo tentou retomar a carreira no Corinthians, mas não teve oportunidades e sequer jogou. Em 2021, Agati negociou sua transferência para o Cruzeiro, mas a transação levantou suspeitas. Em vez de ser pago pelo jogador, Agati transferiu R$ 3 milhões ao Cruzeiro por meio de sua empresa, F1rst Agência de Viagens e Turismo. Dias depois, o clube mineiro devolveu R$ 1,58 milhão para contas vinculadas ao empresário. Durante o tempo em que Diogo esteve no Cruzeiro, ele não entrou em campo, o que chamou a atenção das autoridades.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a transação é uma operação de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Agati é investigado por movimentar cerca de duas toneladas de cocaína para a Europa entre 2019 e 2021, utilizando portos brasileiros e um jato executivo. Além disso, ele teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e envolvimento em um plano para resgatar o narcotraficante Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, de uma prisão em Moçambique.
O Cruzeiro, por meio da sua atual gestão, afirmou desconhecer a transação e se colocou à disposição das autoridades. O ex-presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, também negou irregularidades, alegando que a negociação envolveu apenas um empréstimo financeiro de Agati ao clube, e não a compra do passe de Diogo Vitor.
A Polícia Federal continua investigando o caso, incluindo a relação entre a negociação do jogador e a lavagem de dinheiro. Agati, que estava foragido, foi preso em janeiro de 2025. Seu advogado, Eduardo Maurício, nega as acusações e alega que Agati é um empresário legítimo.
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