A Justiça Federal da Bahia determinou que o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), assuma a relatoria da Operação Overclean, que apura um esquema milionário de desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares. A decisão atende a um pedido da Polícia Federal (PF) e será analisada pelo ministro Kassio Nunes Marques, inicialmente sorteado como relator do caso, que decidirá sobre a redistribuição.
A Operação Overclean investiga fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro em contratos de engenharia, com movimentações suspeitas que ultrapassam R$ 1,4 bilhão.
A PF justificou o pedido de redistribuição com base em uma conexão entre o caso Overclean e outras investigações conduzidas por Flávio Dino relacionadas ao uso irregular de emendas parlamentares. Uma dessas investigações levou Dino a suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas, após a apreensão de uma sacola de dinheiro em um avião em Brasília durante outra fase da operação.
Em sua decisão anterior, Dino também mencionou um episódio envolvendo Francisco Nascimento, primo do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que jogou uma sacola com dinheiro pela janela em Campo Formoso (BA) durante a primeira fase da operação.
A Operação Overclean foi encaminhada ao STF por envolver parlamentares com foro privilegiado, incluindo Elmar Nascimento, do União Brasil, que figura entre os investigados. Segundo a PF, a organização criminosa operava com uma “tabela de propinas” e mantinha um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia laranjas e falsificação de documentos.
O caso está sob grande expectativa, com a decisão de Nunes Marques sendo determinante para definir os próximos passos da apuração. Se confirmado, o ministro Flávio Dino será responsável por conduzir o processo no Supremo.
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