A Justiça de São Paulo negou nesta segunda-feira (26) o pedido de liberdade feito pela defesa do motorista do Porsche amarelo para soltá-lo. E manteve, desse modo, a prisão de Igor Ferreira Sauceda.
O entendimento do judiciário é de que ele tem "comportamento agressivo e ameaçador" e que sua soltura implicaria em "risco à ordem pública" (saiba mais abaixo).
O empresário está preso preventivamente acusado de usar o carro de luxo para perseguir, atropelar e matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo. Câmeras de seguranças gravaram o atropelamento no dia 29 de julho na Avenida Interlagos, na Zona Sul da capital paulista (veja vídeo abaixo).
Mesmo sem ter bebido, Igor foi preso em flagrante pela polícia por conta das imagens. Elas mostram o empresário derrubando a moto de Pedro por trás com o Porsche. O motivo: o motoboy havia quebrado o retrovisor do lado do motorista do carro de luxo.
O motorista de 27 anos é réu por homicídio doloso triplamente qualificado por motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a acusação feita pelo Ministério Público (MP), Igor teve a intenção de matar Pedro.
A Justiça ainda irá marcar a audiência de instrução do caso para decidir se levará o motorista do Porsche a júri popular para ser julgado pelo crime. O MP sugere que ele seja condenado a mais de 18 anos de prisão.
O motoboy atropelado tinha 21 anos. Com o impacto da batida, ele teve politraumatismo e hemorragia cerebral. É o que aponta o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a causa da morte.
"A família da vítima acredita que a Justiça está sendo feita , com a manutenção do réu na prisão, e com a futura condenação dele pelo Tribunal do Júri, apesar da dor eterna que vive", disse o advogado Roberto Guastelli, que defende os interesses dos parentes de Pedro Kaique.
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