A Justiça Militar da União tornou réus 8 suspeitos de participar do furto de 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP). Do número, 4 são militares e 4 civis.
Entre os réus estão o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que era diretor da unidade, e o primeiro-tenente Cristiano Ferreira. Ambos são acusados por peculato e negligência.
Além da alta cúpula, os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa são acusados pela participação direta no furto das armas. Eles foram presos na última sexta-feira (23) por ordem da Justiça Militar.
Os outros 4 réus são civis ligados ao grupo Comando Vermelho. As penas para os crimes variam de 3 meses a 15 anos de prisão. Até o momento, 19 armas foram recuperadas.
Entenda o caso
As metralhadoras desaparecidas são dos seguintes modelos:
M2 Browning, calibre .50: de fabricação norte-americana, foi criada no fim da 1ª Guerra Mundial (1914-1918);
FN MAG, calibre 7.62: de origem belga, foi lançada no início da década de 1950.
Depois da descoberta, a tropa de 480 militares, entre praças e soldados, ficou impedida de sair do quartel de Barueri. O Exército ainda puniu 38 agentes pelo furto dos armamentos.
Este foi o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz. De acordo com a ONG, de janeiro de 2015 a junho de 2020, 27 armas do Exército foram desviadas no Brasil.
Das 21 armas furtadas em 7 de setembro, 19 foram apreendidas: 10 foram encontradas abandonadas em veículos no Rio, e 9 foram recuperadas depois de uma troca de tiros entre a Polícia e criminosos na Grande São Paulo. Duas ainda estão desaparecidas.
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