Israel e Hamas chegaram a um entendimento para evitar o colapso da trégua em Gaza, após dias de impasse. O grupo palestino recuou da ameaça de interromper a libertação de reféns e confirmou que entregará três prisioneiros israelenses neste sábado (15). A decisão ocorreu depois que caminhões com ajuda humanitária começaram a entrar no enclave na quinta-feira (13).
O governo de Israel sinalizou que manterá o cronograma do acordo, mas alertou que, caso os reféns não sejam soltos, retomará os combates. O anúncio do gabinete do premiê Binyamin Netanyahu pôs fim a três dias de incertezas, intensificadas após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O republicano defendeu que Israel exigisse a libertação imediata de todos os reféns—cerca de 70—ou encerrasse a trégua, contrariando o acordo previamente estabelecido.
O pacto entre Israel e Hamas foi estruturado em três fases:
O Hamas acusa Israel de não cumprir integralmente o acordo ao restringir a entrada de equipamentos e abrigos em Gaza. Segundo os termos firmados, a primeira fase do pacto previa a entrega de 60 mil moradias pré-fabricadas e 200 mil tendas, além de maquinário para remoção de escombros. No entanto, apenas as tendas chegaram ao território.
O governo israelense justificou as restrições, argumentando que a entrada de materiais de construção poderia fortalecer a infraestrutura do Hamas. "Não estamos permitindo moradias pré-fabricadas ou equipamentos pesados sem uma justificativa clara", afirmou o porta-voz israelense Omer Dostri.
Apesar da manutenção da trégua, as diferenças entre Israel e Hamas permanecem profundas, tornando incerto o avanço para as próximas fases do acordo.
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