Na manhã desta terça-feira (20), o Hamas rejeitou as declarações do presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, sobre o grupo terrorista palestino estar “se distanciando” das negociações para uma trégua na Faixa de Gaza e as classificou como uma “luz verde” para que a guerra continue.
O Hamas disse em comunicado que as falas de Biden são “enganosas” e “não refletem a verdadeira posição do movimento, que deseja alcançar um acordo de cessar-fogo”.
Mais cedo, nesta terça, quando se preparava para deixar Chicago após discursar na abertura da Convenção Nacional Democrata, Biden afirmou que o Hamas estava “recuando” de um acordo e que as negociações “ainda estão em jogo”, mas que “não dá para prever” o que ocorrerá.
As falas de Biden foram feitas no mesmo dia em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarcou no Egito para acompanhar os esforços para a construção da trégua na guerra.
Após mais de 10 meses de guerra na Faixa de Gaza, que teve início com um ataque terrorista sem precedentes do Hamas em território israelense em 7 de outubro—resultando em mais de 1,2 mil mortes e cerca de 250 sequestros—Israel e Hamas agora se acusam mutuamente pelo fracasso na última rodada de negociações indiretas para um cessar-fogo, realizadas na semana passada em Doha.
No domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu apoio à proposta americana para uma trégua em Gaza e pressionou o Hamas, que não participou das recentes negociações, a aceitar a proposta.
Segundo Blinken, Netanyahu também prometeu que Israel enviaria uma equipe para as negociações desta semana, que serão mediadas pelo Egito e pelo Catar.
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