“Abracei minha filha e disse que iríamos morrer”, relata refém libertada

Danielle Aloni descreve o horror em Gaza após ser raptada junto com a filha pelos terroristas do Hamas, em 7 de outubro
Por: Brado Jornal 07.jan.2024 às 10h03
“Abracei minha filha e disse que iríamos morrer”, relata refém libertada

Um mês após sua libertação em Gaza, Danielle Aloni, raptada pelos terroristas do Hamas em 7 de outubro, junto com a filha de 6 anos, relatou o horror que viveu no cativeiro. Em entrevista à emissora de TV israelense N12, Danielle afirmou não haver “palavras em hebraico” para descrever o terror pelo qual ela e sua filha passaram.

“Depois de cobrir minha filha com um cobertor, eu a segurei com força e disse a ela: ‘Sinto muito, vamos morrer aqui’”.

Sobre sua reação ao ser sequestrada, descreveu como “um sentimento de terror que não pode ser explicado em palavras”. 

“Não há palavras em hebraico que possam descrever esse tipo de terror. Eles terão de inventar novas palavras para explicar o que aconteceu naquele dia.”

Disse ainda ter reagido em árabe com os sequestradores para não raptarem sua filha: “Eles simplesmente pegaram minha filhinha, Emma. Eles tiraram uma menina das mãos de sua mãe. Comecei a gritar [em árabe] La, la! Binti, binti! La!” (Não, não! Minha filha, minha filha! Não!)

Na entrevista, Danielle Aloni mostrou para a entrevistadora como o terrorista do Hamas balançou sua cabeça, apontou o dedo para ela, e depois fingiu atirar em sua filha, fazendo um gesto de arma com a mão.

A refém libertada israelense falou ainda do momento em que foi levada à rede de túneis do Hamas em Gaza. Disse ter visto outras pessoas sequestradas com feridas abertas e sem tratamento. 

“Quando entramos no túnel seguinte, vi os ferimentos, pessoas que estavam muito feridas, com feridas abertas, com rostos feridos e espancados”.

Aloni também afirmou que sua filha a acalmou quando ela sofreu um ataque de pânico. 

“Eu gritei: ‘Vou morrer aqui! Vou morrer aqui! Vou morrer aqui!’ Essas foram as únicas palavras que saíram. Senti que ia morrer ali. Minha filha deu um tapinha no meu rosto: ‘Mãe, não chore, estou bem, estou bem.’ Porque cada vez que eu via que ela estava angustiada, eu começava a chorar, então ela me confortava.”

Danielle, de 44 anos, e sua filha Emilia, 6, foram sequestradas do Kibutz Nir Oz durante o ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro.

Mais de 240 israelenses foram capturados na data e, desde então, mais de 100 foram libertados e devolvidos a Israel em troca de prisioneiros. A estimativa é que cerca de 133 reféns ainda estejam mantidos em cativeiro em Gaza.



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