O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou em seu perfil no X (ex-Twitter) na quarta-feira (20) que o atual cenário do conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza está restringindo “severamente” os esforços das Nações Unidas “para fornecer ajuda que salva vidas”.
“Os combates intensos, a falta de eletricidade, o combustível limitado e a interrupção das telecomunicações restringem severamente os esforços concertados da ONU para fornecer ajuda vital às pessoas em Gaza”, escreveu.
As declarações do Guterres foram dadas enquanto o Conselho de Segurança da ONU adiou novamente a votação de uma resolução proposta pelos Emirados Árabes Unidos, que vem sendo postergada desde segunda-feira (18).
Segundo o secretário-geral da ONU, “condições para permitir operações humanitárias em larga escala precisam ser restabelecidas imediatamente”.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, rebateu nesta quinta-feira (21) as declarações do chefe da ONU. O israelense afirmou que, por “uma falha decisiva das Nações Unidas”, eles não conseguem trazer mais do que 125 caminhões de ajuda humanitária por dia. A fala foi dada durante uma reunião com o presidente do Senado da França, Gerard Larcher, que está visitando Israel, informou a Al Jazeera (emissora estatal da monarquia do Qatar).
“Hoje é possível fornecer 3 vezes mais ajuda humanitária a Gaza —se a ONU, em vez de reclamar o dia todo, fizesse seu trabalho”, disse Herzog.
ISRAEL ANUNCIA “NOVA FASE” DA GUERRA
Na segunda-feira (18), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou uma transição gradual para o que chamou de próxima fase de operações em Gaza. Gallant indicou que a população poderá inicialmente retornar ao norte do enclave, a região mais densamente povoada antes da invasão israelense.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou na quarta-feira (20) que o governo norte-americano quer que Israel mude suas operações militares na Faixa de Gaza para uma fase de “menor intensidade”, com ataques mais direcionados à liderança do Hamas e em sua infraestrutura
Em fala a jornalistas, Blinken afirmou que, com essa mudança, o “dano causado aos civis” deverá diminuir significativamente. O secretário reafirmou o apelo da Casa Branca para que Israel cumpra sua obrigação de minimizar as baixas civis ao combater o grupo extremista
O conflito entre Israel e Hamas, iniciado em 7 de outubro, já deixou 21.440 mortes, sendo cerca de 20.000 somente na Faixa de Gaza, segundo a Al Jazeera. Não há meios para verificar os dados de palestinos mortos de maneira independente.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...