O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na quinta-feira (9) que seu país não pretende “conquistar” a Faixa de Gaza depois do fim do conflito com o Hamas. Mas, segundo o premiê, será preciso haver uma “força confiável” para atuar na região, se necessário, e evitar o surgimento de novos grupos terroristas.
“Não procuramos conquistar Gaza, não procuramos ocupar Gaza e não procuramos governar Gaza”, declarou Netanyahu em entrevista à emissora norte-americana Fox News, citada pela Reuters.
Netanyahu disse que um governo civil precisaria ser formado, mas que Israel garantiria que os ataques do Hamas de 7 de outubro não iriam se repetir.
“Temos de ter uma força confiável que, se necessário, entre em Gaza e mate assassinos. Porque é isso que impedirá o ressurgimento de uma entidade semelhante ao Hamas”, afirmou. Segundo ele, Israel quer ver a Faixa de Gaza “desmilitarizada, não radicalizada e reconstruída” depois da guerra.
Em entrevista veiculada no começo desta semana pela emissora de TV norte-americana ABC, Netanyahu havia dito que Israel assumiria “a responsabilidade total pela segurança” da Faixa de Gaza quando a guerra contra o Hamas acabar.
“Acho que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade total pela segurança, porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa [responsabilidade pela] segurança, o que temos é o terror do Hamas numa escala que não se poderia imaginar”, afirmou na época.
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