O Brasil deve enviar questionamentos ao governo do Egito sobre os critérios adotados para a liberação de civis autorizados a deixar a Faixa de Gaza, território de conflito entre Israel e o Hamas. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles nesta sexta-feira (3).
Mais cedo, pelo terceiro dia seguido, a lista com nomes de estrangeiros que poderão deixar o território de guerra não contempla o Brasil. Um grupo de 34 pessoas aguarda a liberação para embarcar para o Brasil via Egito. São 24 brasileiros e 10 palestinos que estão em processo ou darão início à imigração ao país.
A fronteira de Rafah com o Egito foi aberta na quarta-feira (1), depois de um acordo mediado pelo Qatar com o Israel e o Hamas. Será utilizada para a retirada de pessoas gravemente feridas, estrangeiros e portadores de dupla nacionalidade.
Em nota divulgada no começo da liberação, o Itamaraty disse confiar que “em breve” os brasileiros na Faixa de Gaza “serão contemplados com autorização para passagem por Rafah”. O ministério disse que as negociações “continuarão a ser feitas até que se concretize a saída dos brasileiros retidos em Gaza”.
O Itamaraty declarou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) “têm realizado gestões em favor da saída dos brasileiros junto a diversas altas autoridades de Egito, Israel, Qatar, Autoridade Palestina e de outros países da região”.
Na quinta-feira (2), Mauro Vieira conversou com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, para pedir a liberação do grupo de brasileiros que estão na Faixa de Gaza.
“O Ministro Mauro Vieira manteve há pouco novo contato telefônico com Sameh Shoukry, chanceler do Egito, no qual reiterou gestões pela liberação da passagem de Rafah para os brasileiros retidos em Gaza, para que possam entrar em território egípcio e ser imediatamente repatriados”, declarou o órgão.
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