O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou em seu perfil no X (antigo Twitter) neste domingo (15.out.2023) que se tiver que suspender as relações com Israel, elas serão suspensas. “Não apoiamos genocídios”, disse.
As falas de Petro se deram em resposta a decisão do governo israelense de interromper as exportações de segurança para a Colômbia e a convocação da embaixadora colombiana em Israel, Margarita Manjarrez, para prestar esclarecimentos sobre as declarações do presidente sobre o Estado israelense.
Petro havia publicado em seu perfil no X (antigo Twitter) em 9 de outubro um vídeo do ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, pedindo um bloqueio a Gaza. O líder colombiano comparou a situação com o holocausto.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, disse que o país condena as declarações do presidente da Colômbia, porque elas refletem o apoio às “atrocidades” cometidas pelo Hamas, alimentam o antissemitismo, afetam os representantes do país e ameaçam a paz da comunidade judaica da Colômbia.
Como consequência, Israel decidiu interromper as exportações de segurança para o país. e convocou a embaixadora colombiana em Israel, Margarita Manjarrez, para prestar esclarecimentos.
De acordo com Haiat, os israelenses disseram a embaixadora colombiana que as falas de Petro foram recebidas com “espanto”.
Ao responder a publicação do porta-voz, Petro disse que não se insulta o governo colombiano e pediu à América Latina que demonstre solidariedade com a Colômbia. Na sequência, ele diz que Yair Klein e Rafael Eitan —militares israelenses contratdos por narcotraficantes colombianos durante a década de 1980— podem dizer qual é a história de paz do país. Os 2 estiveram estiveram envolvidos na morte de políticos que Petro classificou como um “genocídio político”.
O presidente afirmou que o Exército e o governo de Israel vão pedir perdão aos colombianos pelo “genocídio”.
“Eu os abraçarei e eles chorarão pelo assassinato de Auschwitz e de Gaza, e pelo Auschwitz colombiano”, disse.
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