'As pessoas querem o Bahia de 1988. Vai ser daqui a um, dois, três anos', diz Paiva

Técnico volta a falar em evolução do time, mas lamenta derrota para o Internacional: 'Eficácia do adversário e ineficácia nossa'
Por: Brado Jornal 29.mai.2023 às 05h51
'As pessoas querem o Bahia de 1988. Vai ser daqui a um, dois, três anos', diz Paiva
Renato Paiva, técnico do Bahia (Felipe Oliveira/EC Bahia)

O Bahia produziu mais, teve maior posse de bola e finalizou mais que o Internacional. Mas os números não se transformaram em resultado, e o tricolor saiu com a derrota por 2x0 do Beira-Rio, neste domingo (28), pela 8ª rodada da Série A. Foi o quinto jogo seguido sem ganhar, entre o Brasileirão e a Copa do Brasil.

Ao fim da partida, o técnico Renato Paiva lamentou a ineficácia ofensiva do Esquadrão. Para o treinador, o Bahia esteve melhor em campo, mas, mais uma vez, não conseguiu sair com o triunfo. Com o revés, a equipe estaciona nos 7 pontos e fica na porta da zona de rebaixamento, na 16ª colocação. Está à frente do Goiás apenas por ter maior saldo de gols.

"O jogo é muito fácil de explicar. Mais um capítulo da história que tem sido na maior parte dos nossos jogos no campeonato. O Bahia é melhor que o adversário em praticamente todos os momentos do jogo. Marcos Felipe não fez uma defesa. No ofensivo, creio que geramos momentos de contra-ataque, da transição ofensiva. O Bahia, acho que é inegável, foi a melhor equipe. Menos no marcar gols. É evidente que os resultados se fazem marcando gols, e nós não marcamos gols", afirmou.

Johnny e Wanderson marcaram os gols do Internacional nas únicas duas finalizações que o rival teve na direção do gol. Um cenário que foi lamentado por Paiva.


"Na primeira vez em que o adversário chega à nossa baliza com perigo, faz o gol. Depois, na segunda. Acabamos penalizados. Essa derrota, na minha opinião, por aquilo que fizemos, pela forma como estivemos em campo... Não gosto de dizer injusta, porque o justo é para quem marca gols. Ineficácia da nossa parte, eficácia, mais uma vez, do adversário", falou.


"O Bahia nunca ganhou aqui, e, se não ganhou hoje, também não sei quando vai ganhar. Fica uma sensação inexplicável. O vestiário ficou "revoltado" pelo que fez e pelo resultado. Mas os pontos se ganham ao fazer gols, e nós não fizemos", completou.


Paiva minimizou o fato de o tricolor aparecer colado no Z4. Para o técnico, o Brasileirão ainda está em fase inicial e, portanto, ainda não é hora de se preocupar com uma posição ao fim da tabela. O comandante voltou a falar em evolução no trabalho, e disse ver o Bahia competindo pelo topo da Série A  em alguns anos.

"É trabalhar. Eu acho que ficou claro. com uma semana limpa de trabalho, minha equipe esteve em campo. Não se deve perder. Pode perder? Pode. Quando o adversário faz mais gols que você. Estamos na 8ª rodada. Subimos de divisão, jogamos em um campo que nunca se ganhou. Estamos começando um projeto novo. As pessoas querem o Bahia de 1988. Não é assim. Vai ser daqui a algum tempo. Um, dois, três anos. Com esse projeto que está aqui, vai andar lá em cima. Não é já. Se fosse já, seria um milagre com 20 jogadores novos", falou.

Contra o Internacional, Paiva optou pela volta da formação com dois atacantes, com apenas Biel e Everaldo à frente - Ademir começou no banco. De volta após cumprir suspensão, Rezende retornou ao meio-campo, e Kanu, à zaga. O comandante ainda escolheu Chávez no lugar de Ryan.

O treinador explicou as mudanças, ressaltando que tiveram relação com a partida contra o Santos, pela Copa do Brasil. O Bahia recebe o Peixe nesta quarta-feira (31), às 19h, na Arena Fonte Nova, pelo jogo de volta das oitavas de final. Após as equipes empatarem em 0x0 na ida, quem vencer avança às quartas. Em caso de nova igualdade, a classificação sairá nas cobranças de pênaltis.

"As mudanças são em função de uma semana com três jogos, que entendo que preciso fazer. Na Copa do Brasil, preciso de gente fresca, por ser um jogo de mata-mata. Como Thaciano não pode jogar a Copa, hoje teria que jogar a maior parte do tempo. Para além de ser um jogador importante nosso. Senti Rezende muito participativo quando estávamos perdendo, no ataque, na parte ofensiva. Ele estar em campo nos gerou algumas oportunidades. Chávez e Ryan, é questão de refrescar. É isso", explicou.



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