O Corinthians perdeu na noite desta terça-feira a chance de assumir, ainda que provisoriamente, a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Com um jogo lento, preguiçoso e errando muito na defesa, apenas empatou com o lanterna e já quase rebaixado Juventude por 2 a 2, em Caxias do Sul. Com isso, permanece em quarto lugar com 51 pontos - tem uma vitória a menos que o Fluminense. O Palmeiras lidera com 63 e o Internacional tem 53. Os gaúchos têm apenas 20 pontos em 30 rodadas.
Vítor Pereira preservou apenas dois jogadores titulares na escalação inicial, Fagner (que entrou na metade do segundo tempo) e Balbuena, mesmo com a aproximação do primeiro jogo com o Flamengo pela decisão da Copa do Brasil, que será no dia 12. Renato Augusto, por exemplo, começou o confronto na fria Caxias do Sul, visando a ganhar um melhor ritmo. Foi substituído no intervalo.
O Juventude, sob o comando do interino Lucas Zanella - Umberto Louzer demitido na segunda-feira após apenas 16 partidas e somente uma vitória -, entrou em campo bem modificado em relação ao time que perdeu na rodada anterior por 2 a 0 para o Atlhetico-PR.
A partida começou em ritmo bastante lento. O time da casa ficava mais com a bola, mas não apertava muito. Aos 9 minutos, até conseguiu uma grande chance, que serviu para mostrar por que o time está na lanterna do Brasileiro e virtualmente rebaixado. Rafinha recebeu livre de marcação na grande área após jogada pela direita, mas de frente para o gol conseguiu errar o alvo e chutou para fora.
A fragilidade do Juventude ficou clara também na jogada do gol do Corinthians, aos 23 minutos. Os zagueiros se enrolaram todos em um cruzamento de Fábio Santos, não conseguiram cortar a bola, que bateu em Gustavo Silva e sobrou para Giuliano bater, livre de marcação dentro da área, e marcar.
Até aquele momento, o time paulista pouco fazia de objetivo, e só tinha alguma qualidade quando a bola chegava aos pés de Renato Augusto, que foi quem deu o lançamento que permitiu a Fábio Santos fazer o cruzamento.
A partida continuou de baixo nível, e até o final da etapa só aconteceu mais um jogada merecedora de referência: chute de Rafinha aos 41 minutos que bateu na trave esquerda de Cássio.
O treinador corintiano aproveitou intervalo para preservar mais dois titulares: Renato Augusto e Róger Guedes. O Juventude também mudou: saiu Rafinha, seu jogador mais efetivo na etapa inicial, e entrou Óscar Ruiz.
E o paraguaio mostrou ter estrela. Na sua primeira jogada, a 1 minuto, aproveitou falha feia de Raul Gustavo e empatou o jogo com um chute que ainda desviou em Bruno Méndez.
O gol animou o time gaúcho, que logo em seguida teve outra chance. Mas as limitações do Juventude são muito grandes. O time errou duas saídas de bola seguidas. Na segunda, Mateus Vital roubou de Chico Kim e tocou para Yuri Alberto bater de fora da área e fazer 2 a 1.
Porém, o Corinthians também resolveu errar muito na defesa e continuar presenteando o Juventude. Aos 16 minutos Gustavo Silva, que estava na sua área para ajudar os zagueiros, se enrolou com uma bola que tinha dominada e permitiu a Isidro Pitta roubá-la e chutar na saída de Cássio, empatando novamente a partida.
Com isso o jogo, acabou ficando um pouco complicado para o Corinthians. Isso obrigou o time de Vítor Pereira ficar mais esperto. Fábio Santos acertou cabeçada no travessão, Mateus Vital acertou a trave. E aos 34 minutos um lance confuso. O juiz Wagner do Nascimento Magalhães marcou pênalti a favor do Corinthians após cobrança de falta em que o volante Jean tocou com a mão na bola, mas depois o VAR constatou que Gil, que participara do lance, estava impedido e a marcação foi anulada.
Depois disso, os dois times até tentaram o gol da vitória. Mas a falta de inspiração para construir jogadas perigosas tornaram o resultado justo.
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