As principais Bolsas asiáticas abriram em forte alta nesta segunda-feira (14.abr.2025), embaladas pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de isentar tarifas de importação sobre produtos de tecnologia. A medida, anunciada na sexta-feira (11.abr), abrange smartphones, computadores, chips e componentes eletrônicos — itens fortemente produzidos na Ásia e exportados para o mercado norte-americano.
O maior salto veio da Bolsa de Hong Kong: o índice Hang Seng registrou valorização de 2,7% na abertura, puxado pelas ações da Lenovo, que dispararam 5,4%. Outras gigantes da tecnologia listadas no pregão, como Alibaba, Baidu e Haier Smart Home, também se beneficiaram da medida e fecharam em alta entre 4% e 5%.
A onda positiva se estendeu a outras praças financeiras do continente. O Nikkei 225, principal índice da Bolsa de Tóquio, avançou 1,5%, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta de 1%. Em Xangai, o índice Shanghai Composite subiu 0,9%, apesar de a maioria dos produtos chineses ainda estar sujeita à tarifa padrão de 145% para entrada nos EUA.
China pressiona por retirada total de tarifas
No domingo (13), o governo chinês reagiu ao gesto americano pedindo a remoção completa das tarifas sobre produtos chineses. Em nota oficial, Pequim solicitou a “eliminação total das medidas unilaterais que prejudicam o comércio bilateral”.
Apple entre as maiores beneficiadas
A isenção parcial anunciada por Trump também favorece diretamente a Apple, que tem grande parte da produção de seus iPhones concentrada na China. Caso a tarifa de 145% fosse aplicada aos dispositivos da marca, o preço de um iPhone 16 Pro de 256 GB poderia mais que dobrar, saltando de US$ 549,73 para US$ 1.348,84, segundo simulações de mercado.
Antecipando o possível impacto do tarifaço, a Apple agiu rapidamente: enviou cinco aviões carregados de produtos montados na Índia rumo aos Estados Unidos e outros destinos estratégicos, em uma operação de logística intensiva durante a última semana de março.
A movimentação ilustra o nervosismo das empresas diante da escalada tarifária entre as duas maiores economias do planeta — e como decisões políticas em Washington podem mexer com os mercados em todo o mundo.
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