O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira (13) que a agência de notícias Reuters deve devolver US$ 9 milhões aos cofres públicos. O valor refere-se a um contrato firmado durante sua primeira gestão (2017-2021) para pesquisas em cibersegurança.
O projeto, conduzido pela Thomson Reuters Special Services, subsidiária independente da agência, foi financiado pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, com recursos da DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa). A iniciativa, chamada ASED (Defesa Ativa contra Engenharia Social), tinha como objetivo detectar e prevenir ataques cibernéticos e tentativas de phishing.
Em publicação na Truth Social, Trump classificou a Reuters como uma “publicação radical de esquerda” e acusou a empresa de envolvimento em “fraude social em larga escala”. Ele exigiu a devolução do dinheiro, escrevendo em letras maiúsculas: “Devolvam o dinheiro agora!”.
O ex-presidente também mencionou o Doge (Departamento de Eficiência Governamental), órgão dirigido pelo bilionário Elon Musk. O empresário já havia criticado a Reuters em resposta a uma reportagem sobre cortes promovidos por sua gestão. Musk afirmou na rede social X (ex-Twitter) que “está literalmente escrito no contrato” que a Reuters recebeu milhões para fraude.
Além da Reuters, Trump questionou pagamentos feitos pelo governo ao jornal digital Politico e ao The New York Times, insinuando que as assinaturas para funcionários federais representariam desperdício de dinheiro público.
O episódio reflete a contínua tensão entre Trump e a imprensa tradicional. A Reuters, fundada em 1851, é uma das maiores agências de notícias do mundo e defende sua imparcialidade jornalística. Sua subsidiária, a Thomson Reuters Special Services, opera separadamente para garantir independência editorial.
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