"Nós Não Precisamos Deles", Diz Trump Sobre o Brasil

A declaração ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, enquanto assinava seus primeiros decretos após a posse.
Por: Brado Jornal 20.jan.2025 às 23h58
Trump assina decretos nesta segunda-feira — Foto: Carlos Barria/Reuters

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, afirmou nesta segunda-feira (20 de janeiro de 2025) que o Brasil depende mais dos EUA do que o contrário. Apesar disso, destacou que a relação entre os dois governos deve ser positiva.


A declaração ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, enquanto assinava seus primeiros decretos após a posse. Ao ser questionado sobre as relações com a América Latina e o governo brasileiro, Trump enfatizou que o país sul-americano precisa dos Estados Unidos, mas que seu governo não tem dependência do Brasil. Ele também mencionou a possibilidade de restabelecer tarifas sobre produtos brasileiros e restringir os planos do Brics de adotar uma moeda alternativa ao dólar.


"Temos que manter uma relação excelente. Eles necessitam de nós mais do que nós deles. Na verdade, nós não precisamos deles. O mundo inteiro precisa dos Estados Unidos", afirmou o líder norte-americano.


Outro tema abordado foi o papel do Brasil nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou se posicionar como mediador do conflito, mas passou a ser visto pelo governo ucraniano como alinhado à Rússia. Trump se mostrou surpreso com essa participação: "Interessante. Estou preparado para lidar com isso, mas como o Brasil entrou nessa situação? Para mim, é uma novidade".


Mais cedo, Lula utilizou as redes sociais para desejar êxito ao novo governo republicano, ressaltando que Brasil e EUA compartilham uma história de cooperação e respeito mútuo. No entanto, em novembro de 2024, o presidente brasileiro declarou apoio à então candidata Kamala Harris, adversária democrata de Trump, e alertou que o retorno do republicano ao poder representaria um avanço do fascismo e do nazismo sob novas formas.


Durante uma reunião ministerial recente, Lula defendeu a eleição de um governo em 2026 que preserve a democracia brasileira. Ele alertou que é essencial reafirmar essa intenção para impedir o retorno do que chamou de "neofascismo, neonazismo e autoritarismo", mencionando Trump como exemplo.


No campo econômico, os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA alcançaram um recorde de US$ 40,3 bilhões, de acordo com dados da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil).



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