O presidente eleito dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), completou as indicações de secretários para os 15 departamentos do governo dos EUA. O republicano anunciou os nomes em comunicados publicados nas redes sociais. Os nomes ainda precisam ser aprovados pelo Senado, mas a tendência é que não haja intercorrências.
Além dos departamentos, que equivalem aos ministérios no Brasil, Trump também anunciou os nomes para diretoria de agências e cargos de seu governo. O caso mais notório foi a nomeação do bilionário Elon Musk para o Departamento de Eficiência Governamental. O órgão será responsável por fiscalizar as instituições norte-americanas e reduzir a burocracia estatal.
Trump ainda deve nomear o diretor da Administração de Pequenos Negócios, agência ligada ao Departamento de Comércio, o representante comercial dos EUA e o chefe do CEA (Conselho de Assuntos Econômicos).
Leia a lista de indicados e a função dos 15 departamentos:
- Brooke Rollins: Agricultura
Brooke Rollins, 52 anos, é advogada e presidente do think tank America First Policy Institute, que foi financiadora da campanha de Donald Trump à Casa Branca. Comandará o departamento responsável por acordos comerciais, assistência financeira a agricultores e políticas de segurança alimentar nos EUA.
Pete Hegseth, 44 anos, é comentarista político e ex-militar. Comandará o departamento responsável pela segurança nacional, políticas de defesa e estratégias militares dos EUA, incluindo a modernização das forças armadas e a supervisão das operações de combate e inteligência. A sede do Departamento de Defesa é o Pentágono dos EUA.
Howard Lutnick, 63 anos, é CEO da Cantor Fitzgerald e um dos principais financiadores do Partido Republicano. Comandará o departamento responsável por políticas comerciais, inovação tecnológica e apoio ao crescimento econômico nos EUA.
- Doug Collins: Assuntos de Veteranos
Doug Collins, 58 anos, é advogado e ex-deputado da Câmara dos EUA. Comandará o Departamento de Assuntos de Veteranos, que se dedica a fornecer cuidados médicos, apoio financeiro e outros serviços para veteranos militares.
Linda McMahon, 76 anos, é empresária e ex-presidente da WWE. Ela comandará o Departamento de Educação, responsável por formular políticas federais de ensino, supervisionar o financiamento de escolas públicas e garantir o acesso à educação de qualidade para estudantes nos EUA.
Chris Wright, 59 anos, é empresário e CEO da Liberty Oilfield Services, uma das maiores empresas de serviços para a indústria de petróleo e gás nos Estados Unidos. Será responsável pelo Departamento de Energia, com funções que incluem a implementação de políticas voltadas para a segurança energética e o fortalecimento da infraestrutura de energia do país.
Marco Rubio, 53 anos, é senador da Flórida e um forte aliado deTrump. Ele comandará o Departamento de Estado, responsável por coordenar a política externa dos EUA, administrar as relações diplomáticas com outros países, e liderar esforços em áreas como segurança internacional, direitos humanos e ajuda humanitária global.
Scott Turner, 52 anos, é ex-jogador de futebol americano e ex-executivo da NFL. Comandará o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que é responsável por políticas de habitação acessível, planejamento urbano, e o desenvolvimento de infraestrutura para melhorar as condições em áreas urbanas e rurais nos EUA.
Doug Burgum, 68 anos, é governador de Dakota do Norte e empresário. Será o novo secretário do Departamento do Interior, que é responsável pela gestão de terras públicas, recursos naturais, e a relação com as tribos nativas dos EUA. O departamento também tem função uso de recursos energéticos em locais públicos, enquanto o Departamento de Energia cuida de políticas energéticas gerais.
Pam Bondi, 59 anos, é ex-procuradora-geral da Flórida. Ela assumirá o cargo de secretária no DoJ (Departamento de Justiça), função que mescla atribuições de procurador-geral, advogado-geral e ministro da Justiça no Brasil. Será responsável pela supervisão das leis federais, aconselhamento jurídico ao presidente, e gestão das questões legais do governo dos EUA. Também será responsável pelo FBI (Departamento Federal de Investigação) e pelo DEA (Administração de Repressão às Drogas).
Trump havia nomeado Matt Gaetz ao cargo, porém acusações de abuso com uma menor de idade e críticas de deputados quanto a um esquema de tráfico de influência levaram o republicano a voltar atrás na nomeação.
- Robert Kennedy Jr: Saúde e Serviços Humanos
Robert Kennedy Jr., 70 anos, é advogado, ativista ambiental e defensor de direitos humanos, conhecido por críticas às empresas farmacêuticas e sua posição antivacina. Assumirá a liderança do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), órgão responsável por coordenar políticas nacionais de saúde, a gestão de programas de assistência médica, pesquisa biomédica e a promoção de uma saúde pública mais acessível e equitativa.
- Kristi Noem: Segurança Interna
Kristi Noem, 52 anos, é ex-governadora de Dakota do Sul. Ela assumirá a liderança do Departamento de Segurança Interna, que tem como responsabilidades a proteção do país contra ameaças terroristas, o gerenciamento das fronteiras e a coordenação de respostas a emergências e desastres naturais.
Scott Bessent, 62 anos, é um investidor e ex-executivo de hedge funds. Comandará o Departamento do Tesouro, responsável pela formulação de políticas fiscais, controle da dívida pública, supervisão do sistema financeiro e a gestão das sanções econômicas dos EUA.
- Lori Chavez-DeRemer: Trabalho
Lori Chavez-DeRemer, 56 anos, integra a Câmara dos Representantes nos EUA. Ela comandará o Departamento do Trabalho, responsável pela implementação de políticas trabalhistas e a supervisão de empregos. Além da regulamentação do salário mínimo, administração do seguro-desemprego e a implementação de programas de qualificação profissional nos EUA.
Sean Duffy, 53 anos, é ex-deputado republicano e comentarista político. Atuará como secretário do Departamento de Transportes, responsável por gerenciar a infraestrutura desse setor nos EUA, incluindo rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, além de promover políticas para melhorar a segurança e a eficiência desses serviços.
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