O presidente da Argentina, Javier Milei, comemorou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, considerando o resultado como um marco histórico para os "defensores da liberdade". Segundo Milei, o triunfo de Trump é uma prova de que "a liberdade e a razão" podem prevalecer sobre "a loucura coletivista", uma crítica às ideologias que ele rejeita e que acredita estarem em ascensão.
“O melhor de tudo é que as trombetas da liberdade não estão mais soando apenas na Argentina; elas estão começando a ressoar em todo o mundo”, declarou Milei. Para o presidente argentino, a reeleição de Trump indica que os valores liberais e conservadores que defende em seu governo estão ganhando força no cenário global. “Imagine o que podemos conquistar juntos se o país mais poderoso do mundo compartilhar dos nossos ideais. As possibilidades são infinitas”, completou.
Milei também gerou surpresa ao afirmar que Elon Musk havia adquirido a CNN, descrevendo o canal de notícias como um “bastião woke” que, segundo ele, agora estaria se alinhando com uma postura mais “transparente”. "Agora, sob nova administração, a CNN e outras redes de mídia poderão informar sem mentir", disse o presidente. Contudo, a declaração causou controvérsia, já que até o momento a compra da CNN por Musk não foi confirmada oficialmente.
O discurso de Milei foi amplamente compartilhado por veículos de comunicação influentes na Argentina, como o *Clarín*, que ressaltou o fortalecimento das relações entre Argentina e Estados Unidos. O jornal indicou que o presidente argentino planeja uma visita oficial a Trump na próxima semana, sinalizando sua intenção de estreitar os laços com os Estados Unidos. Essa aproximação ocorre em um contexto de distanciamento com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, cujas ideologias estão em desacordo com as defendidas por Milei e Trump.
Milei, que construiu sua campanha presidencial com um discurso liberal-conservador e antissistema, tem buscado alianças com líderes globais que compartilham de suas críticas à “cultura woke” e ao que ele chama de “projeto coletivista”. Agora, com Trump possivelmente de volta à Casa Branca, o presidente argentino parece estar determinado a expandir seu protagonismo internacional, posicionando seu governo como um modelo de conservadorismo moderno na América Latina.
A fala de Milei gerou um intenso debate nas redes sociais, com reações de apoio e críticas ferozes de ambos os lados. Para seus seguidores, a ascensão de Trump e Milei representa uma luta global pela “liberdade individual” contra o que chamam de “doutrinação” da esquerda. Já os críticos apontam que as afirmações sobre a CNN e outras redes de mídia parecem ser uma estratégia para criar um “inimigo comum”, alimentando divisões e polarizações.
O impacto real dessa aproximação entre Milei e Trump ainda está por ser visto, mas é claro que o presidente argentino está determinado a ampliar a influência de suas ideias, buscando alianças externas. Com a promessa de "ressonar as trombetas da liberdade", Milei observa o cenário internacional com novos horizontes e, aparentemente, com planos ambiciosos para redefinir o papel da Argentina na política global.
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