Biden autoriza sanção a quem atacar palestinos na Cisjordânia

Presidente dos EUA, Joe Biden (foto) diz que violência na Cisjordânia representa “uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa” do país
Por: Brado Jornal 02.fev.2024 às 13h30 - Atualizado: 02.fev.2024 às 11h13
Biden autoriza sanção a quem atacar palestinos na Cisjordânia
Ricardo Stuckert/PR

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou na quinta-feira (1º) uma ordem executiva autorizando a sanção de colonos que vivem na Cisjordânia e que, segundo a Casa Branca, estejam “envolvidos em atos de violência, bem como em ameaças e tentativas de destruição ou apreensão de propriedades palestinas”.

Nessa 1ª leva, foram sancionadas 4 pessoas, conforme o governo norte-americano. Elas são acusadas de participar e incitar atos de violência na Cisjordânia, como realização de manifestações e bloqueios, vandalismo e ações diretas contra civis e contra a propriedade privada.

Em mensagem ao Congresso, Biden disse ter tomado a ação em razão da “ameaça representada pela situação na Cisjordânia, incluindo, em particular, os elevados níveis de violência extremista dos colonos, a deslocação forçada de pessoas e aldeias e a destruição de propriedades”. Essa é a 1ª grande ação crítica a Israel por parte do governo dos EUA desde o início da guerra na região.

Segundo Biden, os ataques a palestinos “constituem uma grave ameaça à paz, à segurança e à estabilidade da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, de Israel e da região mais ampla do Oriente Médio e minam a política externa e os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos”.

O presidente norte-americano disse considerar “que estas ações constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos”.

As penalidades buscam impedir que os sancionados utilizem o sistema financeiro dos EUA e impede que cidadãos norte-americanos negociem com eles. Autoridades do país estão avaliando a possibilidade de punir outros envolvidos nos ataques na região, que intensificaram durante a guerra entre Israel e o Hamas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que “a esmagadora maioria” dos judeus na Cisjordânia “são cidadãos cumpridores da lei” e muitos se juntaram ao Exército para defender Israel contra o Hamas.

“Israel age contra todos os israelenses que infringem a lei, em todos os lugares; portanto, medidas excepcionais são desnecessárias”, escreveu o premiê em seu perfil no X (ex-Twitter) na 5ª feira (1º.fev).



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