A Justiça dos Estados Unidos marcou para 14 de agosto o julgamento do ex-presidente Donald Trump no processo em que é acusado de reter documentos secretos no período em que ocupou a presidência (2017 a 2021). Ao todo, são 37 acusações e, em cada uma delas, a pena pode chegar a 10 anos de prisão. Trump foi o primeiro ex-presidente a virar réu em crimes federais.
Entre as acusações, 31 são referentes à violação da Lei de Espionagem com a suposta retenção proposital de informações da Defesa dos EUA; três se referem a reter ou esconder documentos em uma investigação federal; duas envolvem declarações falsas; e uma, conspiração para obstrução da Justiça.
O procurador especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, prometeu um julgamento rápido. Entretanto, na imprensa norte-americana, especialistas afirmam que o processo poderá ser lento em razão de contestações da equipe jurídica de Trump e da própria juíza, que administra o cronograma judicial.
O ex-presidente se declarou inocente de todas as acusações em uma audiência realizada em um tribunal de Miami, na Flórida, em 13 de junho. Trump, o principal candidato do Partido Republicano à Casa Branca em 2024, disse estar sendo vítima de uma “caça às bruxas” e chamou o procurador Jack Smith de “lunático”.
Mesmo diante dos processos, Trump segue crescendo nas pesquisas. Essa nova leva de acusações é a terceira contra o ex-presidente em três meses. Ele já é réu em outros dois casos.
Em abril, Trump foi acusado de falsificação de registros, incluindo comprar o silêncio de uma atriz pornô com quem teve um caso extraconjugal. Em maio, foi acusado de abusar sexualmente da escritora E.Jean Carroll na década de 1990.
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