O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, entrou oficialmente, nesta segunda-feira, 5, na disputa para concorrer às primárias do Partido Republicano para a presidência nas eleições de 2024. Ele foi vice de Donald Trump, que é um dos nomes que já está na disputa para voltar a ser chefe de Estado, assim como Ron DeSantis, até o principal adversário do empresário que ainda detém a maioria das intenções de votos – ele tem 58,2%. Pence, que apresentou nesta manhã os documentos necessários para a Comissão Federal Eleitoral, no momento, tem apenas 3,8%, segundo o agregador RealClearPolitics. Pence pretende lançar oficialmente a pré-candidatura com um discurso na quarta-feira, 7, em Iowa, coincidindo com seu aniversário de 64 anos, e mais tarde no mesmo dia planeja participar de um encontro com cidadãos organizado pela emissora “CNN” em Des Moines, capital deste estado.
Desta forma, Pence se junta a uma extensa lista de candidatos à indicação republicana à presidência dos EUA, como o ex-presidente Donald Trump; o governador da Flórida, Ron DeSantis; a ex-embaixadora americana na ONU Nikki Haley; o ex-governador do Arkansas, Asa Hutchinson; e o senador pela Carolina do Sul, Tim Scott. Junto com eles, também apresentaram suas candidaturas os empresários Vivek Ramaswamy, Ryan Binkley e Perry Johnson, assim como o radialista Larry Elder. De acordo com a média ponderada das pesquisas realizadas pelo site FiveThirtyEight, Trump parte como favorito para vencer a indicação republicana para a presidência dos EUA, seguido por DeSantis, Pence, Haley e Ramaswamy.
Pence conta como trunfo com os quatro anos em que atuou como vice-presidente durante o mandato de Trump. Antes disso, foi congressista de 2001 a 2013 e governador de Indiana (2013 a 2017). O ex-vice-presidente é apoiado pelo Super PAC “Committed to America”, que lançou em meados de maio e que preside junto com o ex-congressista pelo Texas, Jeb Hensarling, e o veterano consultor republicano Scott Reed. Um Super PAC é uma organização de arrecadação de fundos que pode coletar doações de indivíduos, corporações e sindicatos e gastar quantias ilimitadas de fundos. Homem de profundas convicções religiosas, Pence pode ter um forte apelo entre os eleitores evangélicos, aos quais frequentemente se dirige falando sobre sua fé e as questões que são importantes para eles, como políticas antiaborto e pró-liberdade religiosa.
Nesse sentido, Pence deixou claro que apoia os estados que aprovam leis restritivas para limitar ainda mais o acesso ao aborto e acredita que a pílula abortiva Mifepristone, a mais usada nos EUA para interromper a gravidez, não deve ser comercializada. Na esfera federal, defendeu a existência de uma legislação que proíbe o aborto após a 15ª semana de gestação. Durante o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, Pence, que naquele dia atuava como presidente do Senado em virtude de seu cargo de vice-presidente, ignorou os apelos de Trump para obstruir a ratificação do democrata Joe Biden como presidente dos EUA.
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