Os óvnis derrubados ao longo da última semana nos espaços aéreos de Estados Unidos e Canadá eram balões, informou o governo americano. Os dois objetos, derrubados na sexta-feira (10) e no sábado (11), eram menores do que o balão chinês abatido dias antes equipado com dispositivos para coletar informações de inteligência.
A informação foi confirmada pelo líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, no domingo, durante o programa This Week, da rede de televisão ABC. Schumer havia conversado com o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan.
A derrubada de balões na costa dos EUA, sobre o Alasca, Michigan e o Canadá, levantaram preocupações de segurança na América do Norte e pioraram as já tensas relações com a China. "Eles acreditam que eram (balões), sim, mas muito menores que o primeiro. Até alguns meses atrás, não sabíamos desses balões. Nossa inteligência e nossos militares não sabiam. Isso remonta ao presidente Trump, pelo menos três vezes", disse o senador.
Os governos de EUA e Canadá começaram as buscas pelos destroços dos objetos derrubados no fim da semana passada para determinar a finalidade e a origem dos balões. O governo da China admitiu apenas que o primeiro objeto era procedente do país.
Acusação chinesa
A China afirmou nesta segunda-feira, 13, que vários balões dos EUA entraram em seu espaço aéreo desde janeiro de 2022, em resposta às acusações de Washington de que Pequim enviou este tipo de dispositivos para espionar o território americano.
A relação entre os dois países se tornou ainda mais tensa depois que Washington derrubou, em 4 de fevereiro, um balão de espionagem chinês, que segundo Pequim era um dispositivo civil.
Durante o fim de semana, a imprensa estatal chinesa informou que um objeto voador não identificado foi observado na costa leste do país e o exército se preparava para derrubar o dispositivo. Pequim se negou a comentar a informação e limitou a pedir que os jornalistas procurassem o ministério da Defesa.
Mas o governo acusou Washington de enviar mais de 10 balões a seu espaço aéreo desde janeiro de 2022. "Não é raro que os Estados Unidos entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.
Questionado sobre como a China respondeu às supostas incursões, Wang respondeu que a "gestão (dos incidentes) por parte de Pequim foi responsável e profissional".
Segurança reforçada
O governo americano reforçou a vigilância do espaço aéreo, ao mesmo tempo que aumenta o número de incursões aéreas, das quais a China nega ter conhecimento. O Pentágono afirmou no domingo que ainda não tem detalhes sobre os outros três objetos que foram derrubados: um na sexta-feira sobre o Alasca, outro no sábado sobre o território canadense de Yukon e o mais recente no domingo sobre o lago Huron.
O general Glen VanHerck, chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, disse que depois de enviar aviões para inspecionar o objeto mais recente, as Forças Armadas concluíram que não havia indícios de qualquer ameaça, assim como nos objetos anteriores. "O que estamos vendo são objetos muito, muito pequenos que produzem uma seção transversal de radar muito, muito baixa", disse. (Com agências internacionais).
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