Em entrevista à CNN na quarta-feira (16), o ex-vice-presidente Mike Pence se recusou a comprometer seu apoio à campanha de 2024 do ex-presidente Donald Trump e deixou a porta aberta para buscar ele mesmo a indicação republicana.
Falando um dia após o lançamento de seu livro de memórias, “So Help Me God”, Pence foi tímido ao discutir seus próprios planos enquanto divulgava a agenda política do governo Trump.
Questionado sobre a nova campanha de Trump para presidente, que ele anunciou na terça-feira (15), Pence disse acreditar que haveria “melhores escolhas” nas urnas em dois anos. O ex-vice-presidente deixou em aberto a possibilidade de que uma dessas opções preferíveis, a seu ver, pudesse ser ele. “Vou mantê-lo informado”, disse Pence a Jake Tapper, da CNN,.
“Acho que é hora de uma nova liderança neste país que nos unirá em torno de nossos ideais mais elevados”. Pressionado por Tapper sobre seu futuro, Pence respondeu: “Pode haver outra pessoa nesse concurso que eu prefira mais”.
Pence descreveu em detalhes vívidos seus encontros com Trump nos dias após o tumulto no Capitólio. Quando viu o republicano pela primeira vez na Casa Branca dias depois de 6 de janeiro, ele disse que o então presidente imediatamente perguntou sobre sua família e se eles estavam bem.
Embora estivesse em desacordo com as percepções públicas de Trump, ele acreditava que Trump estava “profundamente arrependido naquele momento”. “Eu poderia dizer que ele estava triste com o que aconteceu”, disse. “Eu o encorajei a orar. Ele me disse muitas vezes que era crente, e eu disse a ele para se voltar para Jesus esperando que ele encontrasse ali o conforto – e que eu estava encontrando naquele momento”.
Nos dias que se seguiram, Pence disse que viu Trump para outra reunião e que o presidente ainda estava “abatido”. Depois que terminaram de conversar sobre negócios administrativos, o ex-vice-presidente disse: “Lembrei a ele que estava orando por ele” e Trump “dispensou isso”. “Quando nossa reunião chegou ao fim, eu me levantei, olhei para ele e disse: ‘acho que há apenas duas coisas sobre as quais provavelmente nunca concordaremos’. E ele olhou para cima e disse: ‘O quê?’”. “Eu me referi ao meu papel em 6 de janeiro”, contou Pence. “E então eu disse: ‘Nunca vou parar de orar por você.’” “Ele sorriu levemente e disse: ‘Isso mesmo. Nunca mude'”. E nos separamos amigavelmente o máximo que pudemos após esses eventos.
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