O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi intimado nesta quinta-feira, 13, a depor sobre sua possível participação na elaboração do plano que resultou na invasão ao Capitólio. Um grupo de deputados que investiga o tema através de um comitê bipartidário aprovou a moção de intimação do republicano por unanimidade. Trata-se de uma das mais enfáticas medidas do comitê desde a sua instauração, há mais de 15 meses. Mesmo com a baixa expectativa de que Trump compareça para depor, a avaliação dos membros participantes é de que os trabalhos não poderiam se encerrar sem ouvir o ex-mandatário sobre o tema. Mesmo correligionária de Trump, Liz Cheney, deputada republicana do estado de Wyoming, argumentou que “a causa central do 6 de Janeiro foi um homem —Donald Trump—, que muitos outros acabaram por seguir” e acusou o político de ter um “plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudada”. Em pronunciamentos recentes, Trump já havia ridicularizado o comitê, chamando-os de “bandidos”, “hacks políticos”, “maus, sinistros e antipatrióticos”. O republicanos ainda argumentou que os legisladores “não permitiram o devido processo, nenhum interrogatório e nenhum membro republicano real de testemunhas para estar presente ou entrevistado”. É esperado que a intimação resulte em uma briga judicial que terá um tempo de duração maior do que a própria comissão, já que os trabalhos serão encerrados no próximo mês.
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