O governo dos Estados Unidos analisa a possibilidade de criar uma proibição nacional ao aborto no país, se a proteção legal ao direito for revertida pela Suprema Corte. “Acreditamos que há um risco sério”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, durante entrevista coletiva. O alerta acontece após o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, falar sobre a possibilidade. A avaliação é que a preocupação do governo vai além de eventuais restrições ao direito de interromper a gravidez. Nesse sentido, Psaki lembrou que o governador do Mississippi, Tate Reeves, não descartou a proibição de anticoncepcionais se o Supremo revogar a famosa decisão do caso “Roe vs. Wade” de 1973, que há décadas protege o direito ao aborto em nível federal.
O Mississippi é um dos 13 estados republicanos que têm leis preparadas para entrar em vigor caso a Suprema Corte revogue o direito de interrupção legal da gravidez. Em Louisiana, legisladores republicanos propuseram uma lei que classificaria o aborto como “homicídio”, permitindo que as autoridades processassem mulheres que interrompem a gravidez. Segundo o “The New York Times”, senadores republicanos já discutem planos para proibir o aborto após um certo número de semanas de gestação, entre 6 e 20. A votação de uma moção para manutenção do direito ao aborto legal acontece na quarta-feira, 11. No entanto, sem maioria democrata, a medida está fadada ao fracasso.
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