O volante Marcus Vinícius, mais conhecido como Romário, foi banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) durante julgamento nesta segunda-feira (29). O ex-Vila Nova também foi multado em R$ 25 mil por participar do esquema de manipulação de partidas de futebol.
O ex-companheiro de Romário no time goiano, Gabriel Domingos, também foi punido, mas com uma pena menor. Ele foi condenado a 720 dias de suspensão (cerca de dois anos), além de ter que arcar com uma multa de R$ 15 mil. A pena é baseada no artigo 243 do CBJD, que é "atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende".
Chamadas de vídeo com apostador, comprovantes de pagamento e mensagens: veja provas apontadas pelo MP que ligam jogadores a esquema de manipulação de jogos
Romário, por outro lado, foi enquadrado no artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O texto prevê condenação a quem der ou prometer vantagem indevida a qualquer atleta para influenciar resultado da partida ou equivalente. Os dois atletas foram absorvidos de outras três acusações. A decisão cabe recurso, visto que o julgamento foi em primeira instância.
Romário participou do julgamento por videoconferência, enquanto Gabriel Domingos foi à sede do STJD, no Rio de Janeiro. O presidente do Vila Nova e responsável pela denúncia, Hugo Jorge Bravo, o lateral esquerdo Willian Formiga (ex-Vila Nova e hoje no Ceará) e o volante Jean Martim (ex-Vila Nova e hoje no Avaí) participaram como testemunhas da promotoria do STJD.
O volante Sousa (do Vila Nova) e o atacante Riquelme (ex-Vila Nova e hoje no Campinense) estiveram na videoconferência, mas foram dispensados. A sessão foi comandada pela 1ª comissão disciplinar do Tribunal, presidida por Alcino Guedes, o relator foi o goiano Miguel Ângelo.
Crimes
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Romário atuou como intermediário para cooptar jogadores dispostos a cometer pênalti no jogo contra o Sport, pela última rodada da Série B 2022. Domingos entrou no caso porque chegou a dizer aos apostadores que cometeria um pênalti, algo que não se concretizou. Ele não entrou em campo na partida em questão, mas recebeu um adiantamento de R$ 10 mil, sendo que R$ 5 mil seriam para ele e outros R$ 5 mil para Romário.
O MP, inclusive, foi responsável pela Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro, que originou em dois processos criminais. Em um deles, os jogadores são réus. O órgão levantou centenas de provas que apontaram o envolvimento de jogadores de futebol no esquema de manipulação de resultados de jogos. Entre os documentos estão prints de mensagens de texto, transcrições de áudios, comprovantes de pagamento e até ligações de vídeo.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...