No último sábado (30) a seleção brasileira de Futebol Feminino foi
campeã da Copa América realizada na Colômbia, o Brasil venceu a final disputada com as donas da casa por 1x0 com gol de Debinha de pênalti aos 36
minutos do primeiro tempo.
Ao iniciar a comemoração um fato curioso chamou atenção de muitas pessoas e
viralizou na internet, ao se dirigir ao pódio onde seria realizada a
comemoração do título, a jogadora Giovana Queiroz que estava enrolada com a Bandeira
do Brasil foi abordada por uma pessoa da comissão de organização e foi impedida
de entrar no local com a bandeira do Brasil, a jogadora entregou a bandeira
para o organizador e seguiu o caminho, logo atrás é possível ver que outra
jogadora estava com a bandeira que também foi recolhida pela organização.
O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais e indignou milhares de brasileiros
que alegaram perseguição política, a imagem também revoltou atletas como Ana
Paula Henkel e Maurício Souza do Vôlei, além de políticos da direita como o deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e os ex-ministros Onyx Lorenzoni e Damares Alves,
e também do empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, que disse “Usar a
bandeira do Brasil virou crime?” A militância vai dizer que são as regras, mas
não são. Nossos atletas sempre carregaram com orgulho a nossa bandeira e agora,
de uma hora para outra, isso acontece. Onde está a liberdade? Disse o
empresário.
Não é a primeira vez que a Bandeira Nacional se envolve em polêmica, recentemente
uma juíza do Rio Grande do Sul tentou proibir o uso da bandeira nacional por
considerar propaganda eleitoral ligada ao presidente Bolsonaro (PL), outro fato
recente que também teve grande repercussão foi quando a cantora Bebel Gilberto
pisou e sambou na bandeira do Brasil em um show no estado americano da Califórnia, além disso, no último dia 18/junho o ex-presidente e pré-candidato a
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que seu partido PT se
incomoda com o patriotismo dos brasileiros e às vezes ainda vaia a bandeira
brasileira e o Hino Nacional.
Até o momento não há nenhum pronunciamento oficial da Confederação
Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ou para a Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) sobre o caso, porém nos apuramos e conseguimos encontrar que
realmente existe uma regulamentação da Conmebol que trata sobre esta proibição
no Art. 107 que diz: “É obrigatório o uso do uniforme oficial da
delegação na cerimônia de premiação. Não será permitida a entrada de atletas na
cerimônia com o torso nu, com roupas que façam qualquer alusão comercial,
portando bandeiras com alguma inscrição ou com as bandeiras de seus países.” A publicação
foi realizada em 6 de abril 2022.
Vale lembrar que em 2021 durante os Jogos Olímpicos de Tóquio os jogadores da Seleção Olímpica Masculina do Brasil também se envolveram em uma polêmica parecida, neste caso ao contrário das jogadoras Brasileiras eles descumpriram uma regra que obrigava a subir no pódio com um agasalho fornecido por uma empresa patrocinadora e amarraram na cintura, e fizeram a comemoração com a amarelinha a nossa camisa oficial, e foram duramente criticados pela atitude, mas aclamados pelo povo brasileiro.
Porém, um fato curioso é que mesmo que exista uma regulamentação prévia ou esta proibição tenha sido incluída recentemente, ela não vinha sendo respeitada em outros campeonatos de outras
categorias, como podemos observar na sequência de fotos postadas pelo Instagram
da seleção brasileira, todas as jogadoras brasileiras que foram campeãs nas categorias Sul-Americano Sub-17 e Sul-Americano Sub-20, estavam com a bandeira no pódio, isso pode ser comprovado na postagem recente da Seleção Feminina no instagram, na publicação a internauta Daiana Ribeira questionou: “Engraçado que primeira foto com bandeira do Brasil, segunda foto
bandeira do Brasil, mas na terceira ué?🤔.
Não vamos nos calar!”
Veja o vídeo do momento em que a Bandeira é recolhida:
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