O presidente da Confederação Brasileira de Surf, Adalvo Argolo, foi afastado do cargo no último dia 29. A decisão foi tomada durante uma Assembleia Geral Extraordinária convocada por federações da modalidade. O afastamento foi aprovado por 13 das 15 entidades filiadas e por 5 dos 8 membros da comissão de atletas.
A decisão foi considerada unânime, já que duas federações e três atletas não compareceram. Também durante a reunião ficou decidido que um interventor irá tomar posse da CBSurf para realizar um novo processo eleitoral.
A comissão eleitoral tem 72 horas para convocar novas eleições a partir da publicação da ata da Assembleia. Caso ela descumpra o prazo, uma nova será formada.
Por meio de nota, a CBSurf afirmou que não reconhece a assembleia "em razão de diversas ilegalidades promovidas por um grupo político que possui interesses em promover a candidatura à presidência da entidade de um opositor do atual presidente, Adalvo Argolo, legitimamente eleito e que conduz a confederação com uma gestão transparente e democrática". A Confederação também frisou que "Adalvo Argolo segue como presidente da CBSURF, despachando normalmente e conduzindo a entidade até a data fixada pela Comissão Eleitoral, na forma estabelecida pela Lei Pelé".
Briga antiga
Há em vigor uma decisão da Justiça Federal da Bahia, proferida em março deste ano, que determinava a anulação das eleições do final de ano passado e determinava um novo pleito. Na ocasião, Adalvo foi eleito sob protestos da oposição. Federações alegaram que foram impedidas de votar, além de o endereço descrito para a entrega de documentos para as chapas que conseguissem concorrer nas eleições estar errado. No local, ao invés de funcionar a CBSurf, operava uma empresa de contabilidade.
Outro fator que agravou a situação foi a de que Adalvo não cumpriu uma determinação judicial anterior, que determinava uma eleição para a composição da Comissão de Atletas fosse realizada. Ela não aconteceu. Na decisão, de março o juiz da 5ª Vara Cível e Comercial do TJ-BA, Joanisio Dantas Júnior, levou isso em consideração.
Rompimento com o vice
O imbróglio começou em 2018, quando o então vice, Guilherme Pollastri, pediu o afastamento de Adalvo Argolo sob a alegação de administração temerária e falta de conhecimento sobre a forma como o presidente administrava os recursos públicos federais. A Justiça acatou o pedido e retirou Argolo da presidência.
Um mês depois, uma nova decisão judicial foi proferida. Desta vez para que Adalvo entregasse documentos da CBSurf para Pollastri. Adalvo recorreu e conseguiu voltar ao cargo.
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