A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai explorar o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e buscar associa-lo ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na reta final do segundo turno. Um vídeo produzido pelos petistas passou a ser distribuído nas redes sociais na noite do domingo, 23, pouco depois da prisão do petebista, que se entregou à Polícia Federal (PF) após atirar e arremessar uma granada contra agentes da corporação. A peça, de 30 segundos, tem o mote “chega de violência, chega de Bolsonaro”, elenca episódios de violência política ao longo da campanha e mostra manchetes que noticiam o ataque à PF e uma foto de Jefferson abraçado com Bolsonaro. Segundo apurou a Jovem Pan, a cúpula do QG petista ainda discute se utilizará o vídeo como uma inserção na TV. Há quem defenda que o espaço seja utilizado para questões propositiva, como soluções para a geração de empregos, por exemplo. Apesar do impasse, coordenadores avaliam que o episódio pode impactar negativamente a imagem de Bolsonaro e aumentar sua rejeição nos dias que antecedem o segundo turno. A ideia, diz um dos aliados de Lula, é explorar a tese de que a vitória do ex-presidente trará paz ao país e acabará com “o clima de ódio”.
No QG de Bolsonaro, por outro lado, a ordem é tentar se dissociar de Roberto Jefferson. Depois da prisão do petebista, o mandatário do país, que busca a reeleição, gravou um vídeo de 17 segundos no qual chama o aliado de primeira hora de “bandido”, condena o ataque a tiros contra policiais e se solidariza com os agentes da PF feridos pelo ex-deputado. Na tarde do domingo, 23, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, um dos coordenadores da campanha, publicou um vídeo em seu perfil no Twitter em que afirma que Jefferson “não participa da campanha” e “sequer vê o presidente” há seis meses.
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