Sergio Moro declara apoio a Bolsonaro no 2º turno: ‘Lula não é uma opção’

Ex-juiz se posicionou ‘contra o projeto de poder do PT’ e falou em ‘corrupção da democracia’; ex-ministro deixou o atual governo após denunciar suposta interferência do presidente na Polícia Federal
Por: Brado Jornal 04.out.2022 às 14h31
Sergio Moro declara apoio a Bolsonaro no 2º turno: ‘Lula não é uma opção’

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) vai apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022. A declaração de apoio foi feita nesta terça-feira, 4, nas redes sociais. Em publicação no Twitter, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública – que deixou o governo Bolsonaro denunciando suposta tentativa de interferência do chefe do Executivo na Polícia Federal – afirmou que o apoio é “contra o projeto de poder do PT”. “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, escreveu. No segundo turno, o presidente Bolsonaro vai enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2018, o ex-presidente foi impedido de concorrer à Presidência da República após ser condenado pelo então juiz Sergio Moro no âmbito da operação Lava Jato.

Moro deixou a chefia do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 24 de abril de 2020, após a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. Na ocasião, durante coletiva de imprensa, o ex-ministro falou em supostas interferências políticas do presidente Jair Bolsonaro na corporação, o que levou a abertura de um inquérito – encerrado em 2022 por falta de provas – sobre o caso. Em depoimento, o atual chefe do Executivo chegou a afirmar que o ex-juiz usou a possível indicação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) para negociar uma troca no comando da PF, o que Moro rebateu ao afirmar que não “troca princípios por cargos”. Em entrevista, Bolsonaro afirmou que o “subiu à cabeça do Moro o poder” e reforçou que o ex-ministro queria uma indicação à Suprema Corte. “Ele queria uma indicação ao Supremo, jamais passaria na sabatina do Supremo, e estava na cabeça dele disputar a presidência um dia. Se ele tivesse se mantido numa boa comigo, ele poderia ser meu vice agora. O poder sobe à cabeça”, afirmou.



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