O ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) vai disputar o segundo turno das eleições de 2022 ao governo de São Paulo com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). A confirmação da próxima etapa do pleito — marcada para 30 de outubro — acontece após apuração de 93,69% das urnas eletrônicas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo dados mais recentes do órgão, o petista alcançou 7,6 milhões de votos no Estado, o que representa 35,46% de apoio do eleitorado paulista e um recorde para o Partido dos Trabalhadores (PT), que disputou todas eleições estaduais nos últimos 20 anos no Estado, mas nunca venceu entre os paulistas. Em um surpreendente primeiro lugar, Tarcísio de Freitas chegou a 42,59% dos votos neste domingo, 2. Rodrigo Garcia (PSDB) amargou na terceira posição, com 18,40%. A eleição deste domingo também consolida o fim da dinastia do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no Estado, após 30 anos de governo tucano. No entanto, não foram confirmas as projeções dos principais institutos de pesquisas, que apontavam Haddad em primeiro lugar.
Para o segundo turno, os levantamentos eleitorais projetam vantagem do ex-ministro da Educação, candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado. De acordo o Datafolha, com 46% das intenções de votos, o petista tem cinco pontos percentuais de vantagem do ex-ministro da Infraestrutura, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo, que soma 41% de apoio para a segunda etapa do pleito. Em cenário semelhante, a pesquisa do Instituto Ipec (ex-Ibope) mostra que a disputa deve ser mais acirrada, com placar 42% para Fernando Haddad, ante 38% de Tarcísio de Freitas. Neste cenário, brancos e nulos seriam 13% e indecisos, 7%. Considerando a série de projeções feitas pelo instituto desde agosto, o candidato do PT lidera em quase todos os perfis de público, exceto quando são analisados os eleitores evangélicos. Em números, é possível dizer que os principais perfis do eleitorado petista concentram católicos (37%); cidadãos que ganham mais de cinco salários mínimos (39%); entre declarantes de outras religiões (43%), o que exclui católicos e evangélicos; entre eleitores de outras raças (42%), que excluem brancos, pretos e prados; e também recebe destaque no grupo de beneficiários de programas sociais (37%). Já o ex-ministro da Infraestrutura, que figura como segundo colocado na maioria dos perfis, oscilando entre 20% e 32% de apoio do eleitorado, lidera apenas entre evangélicos, com 32%, ante 24% de Fernando Haddad.
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