O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), participou nesta quarta-feira, 21, de uma sabatina realizada pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e falou sobre as declarações de seus notórios apoiadores – Caetano Veloso e Tico Santa Cruz – que manifestaram publicamente a intenção de votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), endossando o voto útil promovido pelo Partido dos Trabalhadores. Na visão do pedetista, os petistas querem “aniquilar as alternativas” ao voto. “São boas pessoas, mas que estão com a vida ganha. Quem está preocupado com o dia seguinte é quem não tem plano de saúde, quem não tem como pagar a mensalidade escolar, quem está submetido ao terrorismo das facções criminosas na periferia, quem está na fila de cirurgia eletiva”, disse. Nos últimos dias, Caetano gravou um vídeo para a campanha de Lula onde afirma que, mesmo “adorando” Ciro, pretende votar no petista. Santa Cruz seguiu linha semelhante e publicou nas redes sociais que apoiará a candidatura do ex-presidente em defesa do voto útil. “Há um fascismo de esquerda liderado pelo PT. Eles estão querendo simplificar de uma forma absolutamente dramática o debate, querendo nada mais, nada menos do que aniquilar alternativas. Isto é uma tragédia para um pais que nem o Brasil”, argumentou Ciro.
Promessas de campanha
No local, o candidato do PDT que disputa pela quarta vez uma corrida ao Planalto, afirmou que nenhum cidadão – salvo autoridades policiais – poderá portar armas de fogo nas ruas. Um eventual governo Ciro Gomes terá, como uma das primeiras ações, a de revogar os decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre compra e posse de armas. Em relação ao aborto, o pedetista se esquivou sobre a descriminalização da prática e classificou a interrupção da gravidez como uma ‘tragédia’, sobre a qual o presidente da República não teria a atribuição legal de alterar a legislação do tema. “Quem é a favor da tragédia do aborto? O aborto é uma tragédia para a saúde, é uma tragédia emocional, feminina. A questão é qual é o papel do Estado diante da tragédia do aborto. Não é que alguém seja a favor do aborto”, pontuou.
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