O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), concedeu uma entrevista nesta terça-feira, 20, e criticou a reunião realizada pelo Partido dos Trabalhadores para reunir oito ex-presidenciáveis junto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua fala, o pedetista – que foi ministro do petista durante sua passagem pelo Palácio do Planalto -, disse que Lula reuniu pessoas de “espectros políticos e ideológicos diferentes” e que, por isso, “alguém está sendo profundamente enganado”. “O [Henrique] Meirelles [PSDB] é o autor do teto de gastos que libertou os juros de qualquer controle. Foram R$ 500 bilhões nos últimos 12 meses que foram parar nos bolsos de banqueiros. Meirelles fez a reforma da previdência e a reforma trabalhista, ao lado dele está o Boulos [Psol]”, disse. Ainda nas palavras de Ciro, Lula convoca a presença do Psol para “parecer que é de esquerda”, mas na verdade o petista”opera para bancos”. “Se faz de bonzinho, mas financia um gabinete de ódio desonesto e fascista igualzinho ao do Bolsonaro”, argumentou. As acusações do pedetista não se resumiram apenas a Lula e foram endereçadas a cúpula que dirige o partido. De acordo com o ex-governador do Ceará, o PT se corrompeu nos últimos anos. “Eles querem que a sociedade brasileira pense que é isso mesmo, que não tem jeito, que todo mundo tem que governar desse jeito, e inventa expressões como ‘presidencialismo de coalizão’ para explicar a roubalheira”, acusou.
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