A senadora Simone Tebet, candidata à Presidência pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a nova campanha do presidente Jair Bolsonaro(PL), concorrente à reeleição ao Palácio do Planalto. Em representação apresentada nesta terça-feira, 30, a parlamentar questiona a peça eleitoral que teve a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro para falar com as “mulheres sertanejas” e foi veiculada na televisão nesta nesta semana. Tebet argumenta que a esposa do presidente teria excedido o tempo limite permitido pela legislação, que determina a participação de apoiadores apenas em 25% do tempo de cada propaganda eleitoral gratuita, e que a presença da primeira-dama acima do permitido traria benefícios para a campanha de Bolsonaro. “Não há dúvida de que a pessoa da Sra. Michelle Bolsonaro, Primeira-dama do Brasil, se constitui como apoiadora do seu marido, candidato à reeleição, e não como apresentadora ou interlocutora, e tem potencial a propiciar benefícios eleitorais à candidata, ao candidato, ao partido, à federação ou à coligação que veicula a propaganda”, diz ação, que pede a suspensão da propaganda, notificação dos envolvidos e encaminhamento dos autos ao Ministério Público Eleitoral.
A campanha estreada por Michelle teve como foco as mulheres do Nordeste, ao falar sobre a da água no sertão, trazendo “vida, alegria e esperança”. “A mulher sertaneja, que carregava lata d’água na cabeça, agora pode usar a força para voltar à escola ou para tirar que alimento está brotando na terra”, continuou a mensagem, que também faz um aceno as mães nordestinas e falou sobre um governo para as mulheres, pelas mulheres e com as mulheres. “Um presente para a mulher que merece e deve ser o que ela quiser. Juntas, estamos construindo um país com elas, por elas e para elas”, finaliza a mensagem, de aproximadamente 30 segundos. A participação da primeira-dama na campanha eleitoral aconteceu dois dias após o primeiro debate dos presidenciáveis, onde Bolsonaro foi questionado sobre suas propostas para o eleitorado feminino e criticado por suas falas direcionadas às candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke (MDB), assim como à jornalista Vera Magalhães, a quem chamou de “vergonha do jornalismo” após uma pergunta sobre queda na vacinação.
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