Com início da campanha eleitoral na rádio e televisão, os candidatos começam a apresentar suas principais promessas aos eleitores, assim como as marcas dos seus governos e trajetórias políticas. Na corrida à Presidência, por exemplo, o tom dos programas eleitorais tem apresentado um duelo sobre valor, duração e paternidade dos auxílios sociais, bem como uma disputa por propostas de ampliação e atualizado dos benefícios. Na campanha do Partido Liberal (PL), o presidente Jair Bolsonaro é apresentado como o responsável pelo Auxílio Brasil, programa de transferência de renda originado do Bolsa Família, criado durante o governo petista. “Alô alô meu Brasil, Bolsa Família não existe mais, agora é Auxílio Brasil de no mínimo R$600. Auxílio Brasil é do Bolsonaro, Auxílio Brasil é Bolsonaro, é 22″, diz jingle da campanha do atual presidente. A peça eleitoral afirma que o programa iniciado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou “velho, defasado e pagava muito pouco, né Bolsonaro?” e coloca trecho de uma fala do candidato à reeleição. “No passado, o Bolsa Família valia, em média, R$92. Tinha família recebendo R$ 82, nós criamos o Auxílio Brasil, onde cada família passou a receber, no mínimo, R$ 600”, disse o presidente, que promete manter o valor em 2023, se reeleito.
Ao mesmo tempo, a campanha do ex-presidente Lula também traz o programa de transferência de renda como um norte de seu novo governo. A mais recente peça de campanha do petista fala do caráter temporário do Auxílio Brasil, com valor de R$ 600 até dezembro, e traz mensagens de apoiadores criticando Jair Bolsonaro pelo uso do benefício social como manobra eleitoreira. “Ele está fazendo isso para que o povo nele”, diz um dos participantes. A campanha de Lula promete turbinar o antigo Bolsa Família, com valor atualizado de R$ 600 mensais e pagamento adicional de R$ 150 por filho da família. “E não acabou por aí, tem também o programa Desenrola o Brasil para ajudar os brasileiros a limparem o nome no SPC e Serasa”, diz campanha de Lula. “Pode ter certeza. Nós vamos consertar esse país e vocês vão voltar a dizer: Sou brasileiro e não desisto nunca”, afirma o ex-presidente. Embora distantes da polarização Lula-Bolsonaro e dos primeiros lugares na pesquisas eleitorais, outros candidatos também citam os programas sociais como promessas de campanha. Ciro Gomes (PDT), por exemplo, promete criar uma renda mínima de cidadania, como proposto por Eduardo Suplicy (PT), com valor mínimo de R$ 1 mil. Já Simone Tebet (MDB), por sua vez, fala em erradicação da pobreza como um dos seus principais focos do governo e também garante a manutenção do auxílio.
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