Presidenciável pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), o ex-ministro Ciro Gomes está sendo criticado nas redes sociais por sua nova peça campanha eleitoral. O motivo é que o vídeo do material publicitário, divulgado nesta quarta-feira, 24, faz uma analogia com rompimento de uma barragem ao afirmar que o candidato precisa “acertar uma rachadura” e para conquistar a atenção dos eleitores. “A barragem arrombou”, diz publicação feita no Twitter, que acompanha a gravação com trecho de uma entrevista de Ciro ao Flow podcast, onde ele faz a analogia. “É muito artificial o que está acontecendo no Brasil. Parece uma barragem gigante cheia de rachaduras. Se eu acerto uma rachadura, pode ter acontecido hoje à noite aqui. Se eu acerto, essa barragem arromba, você vai ver”, afirmou o ex-governador do Ceará. As falas são sobrepostas com imagens, aparentemente de uma represa de água, prestar a ceder e chega, inclusive, a mostrar o rompimento, o que foi criticado pelos internautas. “Que analogia infeliz… barragem arrebentando as pessoas lembram imediatamente do que”, questionou um seguidor de Ciro Gomes. “Você não tem vergonha de usar uma alusão a dois dos piores acontecimentos nacionais, que mataram milhares de brasileiros e que até hoje tem consequências? Falar de barragem rompida no Brasil de Brumadinho e Mariana é cruel”, escreveu outra.
Houve também quem defendesse a peça publicitária, afirmando que o vídeo queria sinalizar um sinal de fartura. “Quando barragens sangram no Nordeste, geralmente é sinal de fartura porque significa que chegou muita chuva pros sertanejos”, escreveu um internauta. A realidade é que a proposta do material de Ciro Gomes quis fazer uma analogia à polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que dominam as pesquisas de intenção de voto à Presidência, e mostrar que, com um único acerto, ele poderia “arrombar” essa polarização que estaria “represando os votos”. “Vote em um e se livre dos dois”, finaliza a mensagem do vídeo, reforçando uma imagem de posição alternativa já antes defendida. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta terça-feira, 23, por exemplo, o ex-governador se colocou como contrário a ambos candidatos e falou em “reconstruir o Brasil”, fazendo um aceno aos indecisos, assim como dos eleitores que vão votar por rejeição. “Você que vota no Bolsonaro porque não quer o Lula de volta, me dê uma chance. Você que vota no Lula porque não quer mais o Bolsonaro, me dê uma chance.”
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